Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERCEPÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE NO CONTROLE E MANEJO DA HANSENÍASE, DURANTE A VISITA DOMICILIÁRIA.
Celia Maria da Rocha Marandola, Bruno Humberto Paulino Barros, Rossana Staevie Baduy, Regina Mechior, Josiane Vivian Camargo de Lima, Izabel Cristina da Silva, Thalita da Rocha Marandola, Diego Martins Pereira, Sara Rodrigues de Camargo, Flavia Fukabori dos Santos, Susana Jussara de Oliveira, Monise Milani Pavani

Resumo


Trabalho realizado dentro de uma pesquisa maior intitulada: A atenção domiciliar na estratégia saúde da família: tecendo o cuidado em conjunto com a família.Introdução: Nas últimas décadas o número de casos novos de hanseníase detectados no Brasil aumentou progressivamente. A hanseníase é uma doença de grande importância para a saúde pública, pois embora curável, trata-se de uma patologia crônica que pode levar a incapacidades físicas. Diante disso, o Ministério da Saúde criou portarias para descentralizar o atendimento aos usuários hansênicos, ficando a Atenção Básica (AB) responsável pelo atendimento e manejo da doença. Neste sentido a Estratégia Saúde da Família (ESF) aparece como a melhor opção no desenvolvimento das ações em saúde no controle da hanseníase devido sua principal característica: equipes multiprofissionais. Por sua vez a Visita Domiciliária (VD) surge como instrumento mais importante neste cenário e o Agente Comunitário de Saúde (ACS) o profissional cujas ações, predominantemente, centram-se nas visitas e ações no domicílio. Objetivo: Conhecer a percepção do ACS na abordagem aos pacientes portadores de hanseníase e seus familiares durante a visita domiciliar. Metodologia: Pesquisa com abordagem qualitativa de caráter exploratório e descritivo. Resultados: Os ACS compreendem as características da hanseníase e reconhecem a importância do tratamento na cura e/ou prevenção de complicações e dentre as atribuições que este profissional desenvolve para o controle da hanseníase as principais foram: busca ativa de faltosos e dos casos de abandono do tratamento; supervisão do uso de medicamentos (dose supervisionada), quando indicado e o encaminhamento dos comunicantes intradomiciliares para avaliação na UBS. Além disso, os agentes de saúde percebem os prejuízos estigmatizantes que a doença traz aos portadores de hanseníase e ainda, consideram que o vínculo criado entre profissional/usuário durante a vista domiciliária propicia melhor adesão ao tratamento medicamentoso. Considerações finais: Espera-se com os resultados reconhecer o trabalho desenvolvido pelo agente comunitário de saúde durante a visita domiciliária, contribuir para o fortalecimento da Atenção Básica e validar a Estratégia Saúde da Família como importante instrumento no manejo e controle da hanseníase.Palavras-chaves: atenção básica; visita domiciliar, agente comunitário de saúde; hanseníase.