Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERCEPÇÃO DO FISIOTERAPEUTA SOBRE SUA ATUAÇÃO NO NASF EM LONDRINA - PR.
Kátia Santos Oliveira, Daniela Wosiack da Silva, Regina Melchior

Resumo


Introdução com a evolução do sistema de saúde, foram surgindo programas com o intuito de aumentar a abrangência e a qualidade dos atendimentos, a exemplo do Programa de Agentes Comunitários de Saúde e o Programa de Saúde da Família (PSF). Após a implantação do PSF em todo país, com equipes compostas por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários (ACS), percebeu-se a necessidade de atuação de outros profissionais. Em 2008, foi criado o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). No município de Londrina, a implantação da fisioterapia na Atenção Básica, teve início após um mapeamento da região realizado pelos ACS. Objetivo analisar a percepção dos fisioterapeutas em relação à sua atuação e práticas desenvolvidas no NASF em Londrina, partindo dos princípios e diretrizes estabelecidos pelo Ministério da Saúde para este programa. Metodologia estudo qualitativo. Participaram doze fisioterapeutas que atuam diretamente no NASF. Os dados foram coletados em entrevista com roteiro semi-estruturado e registrados com um gravador de voz, transcritos e analisados pelo método de análise de conteúdo. Resultados foram delineadas cinco categorias de análise: 1.Visão Curativista Como Modelo de Atuação: Mesmo com a percepção de como deveria ser realizado o trabalho do NASF, existe a predominância de práticas voltadas ao curativismo; 2.O Matriciamento: Presente nas práticas profissionais, porém com diferentes idéias e formas de desenvolvimento, não tendo instituído um modo padronizado de realizá-lo; 3.Atendimento em Grupo como Método de Promoção e Prevenção em Saúde: Diferentes opiniões da função do atendimento em grupo, destacando-se a tentativa de padronização dos serviços prestados nas unidades e a maior abrangência da população; 4.Agenda, Demanda de Atendimentos e a Inserção do Fisioterapeuta na Equipe NASF e PSF: Dificuldade de inserção do fisioterapeuta, nas ações da equipe NASF e PSF. Como motivo destaca-se a falta de tempo devido à menor carga horária semanal e a grande demanda de atendimentos; 5.Tripla Gestão: evidenciada a divergência entre diferentes coordenações em relação a ações que devem ser desenvolvidas pelo NASF. Conclusão os fisioterapeutas conhecem suas atribuições, conforme a portaria 154, porém não há um consenso entre os mesmos de como deve ser desenvolvido o trabalho. Isso se deve em parte as diferentes vivências de cada profissional (experiências trazidas anteriormente ao NASF e das atuais, dentro de suas unidades e equipes).