Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Percepção dos cuidadores referente ao atendimento humanizado na Enfermaria Pediátrica do Hospital Universitário de Campo Grande/MS.
Nayara de Araujo Muzili, Talita Abi Rios, Vinicius Santos Sanches, Laís Alves de Souza, Leila Simone Foerster Merey, Wandriane de Vargas

Resumo


Introdução: A humanização se dá pelas reais práticas de cuidado no processo de saúde e relações entre os sujeitos envolvidos nesse contexto, transformando o trabalho oferecido na tentativa de proporcionar um atendimento integral aos usuários. Essa mudança imbricada às ações no dia-a-dia efetiva as propostas idealizadas pelo SUS, praticando nesse ambiente a integralidade, equidade, universalidade, o acolhimento, construindo de fato uma atenção à saúde preconizada pelo Sistema, estabelecendo melhor vínculo e produção de cuidado. Na enfermaria pediátrica do Hospital Universitário (HU), as crianças são expostas a tratamentos por um determinado período e separadas abruptamente do ambiente familiar. Considerou-se de extrema relevância a análise das relações interpessoais no hospital. Objetivos: Compreender as percepções dos pais com filhos internados na Enfermaria Pediátrica, sobre suas emoções frente a esta situação, atendimento humanizado, e o acolhimento no hospital. Metodologia: Foi aplicado questionário aberto com 21 perguntas, com perguntas socioculturais, com 11 cuidadores que estivessem com seus filhos internados na Enfermaria Pediátrica do Hospital Universitário/UFMS em Campo Grande/MS. As entrevistas foram gravadas, com as devidas autorizações dos participantes, e, posteriormente, transcritas. A análise das respostas baseou-se no Discurso do Sujeito Coletivo. Resultados: Entre os cuidadores 10 eram mães e 1 pai. A idade média era de 28,7 anos (± 7,54). Estes relataram que ter um filho internado é “triste, difícil, um desespero”, sobre humanização, declararam não saber do que se tratava, mas acreditavam ser um “atendimento bom, com respeito”. Disseram sentir-se acolhidos pelos profissionais e receber um bom tratamento no hospital. Quando indagados sobre a maior dificuldade encontrada, a maioria relatou que não há nenhuma e poucas dizem que está em “saber com precisão o que o filho tem”. Conclusão: Baseado nas falas, pode-se notar que, apesar do desconhecimento referente ao cuidado humanizado, os pais sentem-se bem cuidados na Enfermaria Pediátrica, havendo apenas a necessidade de um melhor esclarecimento sobre o diagnóstico. Compreender o contexto onde este cuidador está inserido é fundamental para que o cuidado e acolhimento sejam realmente praticados, propiciando uma qualidade de internação e conforto diante de uma situação difícil, para essa criança e sua família.