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A automedicação, conhecida como o uso de medicamentos sem prescrição médica, é uma prática que pode mascarar sintomas de doenças mais graves, pode gerar efeitos adversos, interações e intoxicações medicamentosas, provocando sérios danos à saúde do cidadão. O farmacêutico é o profissional que conhece os medicamentos, e tem condições de fornecer informações confiáveis. As inúmeras razões da automedicação e o aumento significativo desta prática estimulam estudos sobre o tema. O objetivo desta pesquisa foi estabelecer o perfil da automedicação em usuários/clientes de uma farmácia de dispensação, de um município da região norte do Paraná, em 2010. Foi realizado um estudo sobre consumo de medicamentos, e utilizado como instrumento para coleta de dados, um formulário semi-estruturado. As entrevistas foram realizadas num período de cinco dias, com pessoas que foram comprar medicamentos sem prescrição médica, e sem solicitar orientação ao vendedor ou ao farmacêutico e que aceitaram participar. Dos medicamentos solicitados, os analgésicos e antitérmicos foram os mais procurados, e tendo a indicação por familiares ou amigos, que provavelmente desconhecem os perigos que esta prática pode trazer. Os resultados da pesquisa reiteram que a automedicação no Brasil é uma realidade. Sugere-se que a orientação sobre o uso racional de medicamentos, e que a prevenção evitando os riscos de intoxicações medicamentosas sejam estimuladas, também no setor privado, como forma de contribuir para a melhoria da qualidade de vida na comunidade. E, neste contexto, ressalta-se a importância do farmacêutico em todo o horário de funcionamento da Farmácia, bem como sua atuação como profissional de saúde. Considera-se que, os estudos de utilização de medicamentos são importantes instrumentos, pois além de gerarem indicadores sobre o consumo, tornam possível conscientizar a população dos perigos que o uso inadequado de medicamentos pode causar a curto, médio e longo prazo.