Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERFIL DAS CRIANÇAS DE ZERO A TRÊS ANOS HOSPITALIZADAS RESIDENTES NOS DISTRITOS SANITÁRIOS RESTINGA E EXTREMO SUL, PORTO ALEGRE, RS
Francieli Malezan da Silva

Resumo


Objetivo: conhecer o perfil das crianças de zero a 3 anos, dos Distritos Sanitários da Restinga e Extremo Sul, que hospitalizaram no período de julho de 2008 a dezembro de 2009. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo cujas variáveis foram extraídas do banco de dados de um inquérito populacional realizado nos Distritos Sanitários da Restinga e Extremo Sul. Foi calculada uma amostra de 5% das crianças de zero à 3 anos residentes nos referidos distritos. A coleta de dados foi realizada num período de 6 meses, de julho a dezembro de 2009, e constitui-se em entrevista realizada aos responsáveis pelas crianças, além de verificação de peso e estatura das crianças referidas. Foram analisadas 26 variáveis no programa Microsoft Excel e organizadas em categorias temáticas para melhor apresentação e discussão dos resultados. Resultados: das 215 crianças que participaram da pesquisa, 28 hospitalizaram, tendo uma prevalência de menores de 1 ano, da raça ou cor branca e do sexo masculino. Ainda, a maioria das crianças apresentou peso adequado ao nascer, não frequentou creches ou escolinhas, não teve óbitos de irmãos e estava com as vacinas em atraso. Ainda, grande parte das crianças consultaram com o médico nos 3 últimos meses, hospitalizaram apenas uma vez, com predomínio das hospitalizações por Causas Sensíveis à Atenção Primária em Saúde, sendo o principal motivo das hospitalizações as doenças respiratórias. As mães dessas crianças realizaram pré-natal adequadamente e a grande maioria teve parto cesáreo. As famílias das crianças que hospitalizaram apresentavam, na sua maioria, aglomeração domiciliar e renda familiar de 1 a 3 salários mínimos.Conclusão: o planejamento e a organização dos serviços saúde dos Distritos Sanitários Restinga e Extremo Sul devem ser voltados ao fortalecimento da APS, acarretando, com isso, a redução da morbimortalidade e, conseqüentemente, das internações por causas evitáveis, além de melhorar a qualidade de vida de toda a população.