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Introdução: São apresentados os resultados da primeira etapa de um projeto de avaliação da qualidade da atenção às pessoas com hipertensão arterial sistêmica ou diabete melito, financiado pelo Ministério da Saúde do Brasil, que visa identificar estratégias para qualificar o cuidado às enfermidades crônicas. A pesquisa analisa um serviço de Atenção Primária onde atuam 12 equipes, com a responsabilidade por território onde moram 108.560 pessoas, dos quais são estimados 20.120 hipertensos e 6.190 diabéticos. Objetivos: avaliação das características socioeconômicas e de saúde de hipertensos e diabéticos. Método: estudo transversal (linha de base e mais cinco coletas de dados ao longo de 4 anos) com amostra aleatória de pacientes. A coleta de dados foi realizada no domicilio, em questionários com perguntas fechadas. Resultados: Entrevistados 2.529 usuários hipertensos ou diabeticos onde 68% são mulheres, metade tem até 64 anos de idade. Quanto à escolaridade, 50% tem menos de seis anos de estudo. Dos hipertensos, 29% tem diabete associado. Metade se sabe hipertenso há mais de 9 anos. Metade dos hipertensos convivem com outra pessoa hipertensa. Menos de 10% participam de atividades coletivas de educação em saúde. 56% consultaram com médico nos últimos 6 meses, e ~20% são acompanhados por enfermeira. Conclusões: A pesquisa apresentou dados substanciais para compreender as características da população com estas enfermidades crônicas, identificar as possíveis falhas a serem corrigidas pelos serviços de Atenção Primária, planejar adequadamente as atividades de educação continuada das equipes de saúde e orientar gestores na adequação de estrutura e formação de redes integradas de serviços de saúde.