Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Política para atividades práticas em Saúde Coletiva na UFMT
Marco Bertulio Neves, Wildce Costa Araújo, Giselle Moci, Noemi Dreyer Galvão, Janil Leite de Oliveira, Maria Jose Vieira

Resumo


Tomar como referências as práticas de saúde para a elaboração de um projeto educativo implica considerar algumas dimensões do trabalho no âmbito da Saúde Coletiva, a saber: o objeto, o meio de trabalho, o trabalho propriamente dito, agentes e relações técnicas e sociais (MENDES-GONÇALVES, 1994). Se o objeto reconhecido pela Saúde Coletiva for as necessidades sociais de saúde, deve-se impor uma análise dessas necessidades e seus determinantes, ao tempo em que proceder aproximação a esse objeto, manipulá-lo e/ou transformá-lo são necessárias tecnologias ou meios de trabalho (PAIM, 2006). Assim, colocar em pauta a reflexão e definição de marco teórico-conceitual capaz de contribuir com a Saúde Coletiva na formação de profissionais de saúde em nível de graduação foi a referência adotada no Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A definição de uma Política que oriente o desenvolvimento de atividades práticas em Saúde Coletiva no contexto da UFMT, articulando necessidades e possibilidades de desenvolver a formação de futuros profissionais de saúde e a capacidade resolutiva dos serviços de saúde foi o desafio assumido e incorporado pelo grupo responsável pela construção da referida Política. Para o diagnóstico da situação, utilizou-se de documentos oficiais do ISC e da FCM; os projetos políticos pedagógicos da Saúde Coletiva, Medicina e Nutrição, e relatórios dos estágios em Saúde Coletiva dos alunos dos 5 e 6 anos de Medicina dos anos de 2009 e 2010. Esse momento possibilitou a identificação das dificuldades vivenciadas nas práticas e estágios em Saúde Coletiva na UFMT, bem como o estabelecimento da situação futura desejada para essas práticas nos cursos em que o Instituto é ofertante ou responsável direto por disciplinas com carga horária prática e/ou estágio. Foram identificados 46 nós críticos que quando sistematizados apontaram para o predomínio de problemas de ordem pedagógica (45,0%), ordem institucional (23,3%), relacionados aos serviços de saúde (18,3%) e de percepção discente (13,4%). Diante da situação foi estabelecida concepção teórico-metodológica para o desenvolvimento dessas práticas, ao tempo que categorizou-se essas atividades em 5 tipos, a saber: Conceituais, de Práticas do Tipo I, II, de Pesquisa e de Estágio. Foram estabelecidas 8 diretrizes, 32 estratégias de implementação e responsabilidades para um Comite Gestor da Política e grupo técnico/operacional da Política no contexto da UFMT.