Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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QUALIDADE DE VIDA DOS UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE EM DEBATE: REFLETINDO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DOS ACADÊMICOS E A INFLUÊNCIA DA UNIVERSIDADE NA TEMÁTICA
Cesar Augusto Paro, Zelia Zilda Lourenco de Camargo Bittencourt

Resumo


Introdução: a Qualidade de Vida (QV) do estudante da área da saúde vem, cada vez mais, sendo alvo de investigações, que discutem a temática sob distintas perspectivas teórico-metodológicas. Esta tendência no meio acadêmico é importante e necessária, uma vez que conhecer a realidade da “geração saúde” em seu período de formação profissional possibilita criar subsídios que possam nortear políticas de promoção da saúde e QV no ambiente universitário. Objetivos: discutir, a partir dos depoimentos de graduandos da área da saúde, a influência da universidade na QV, refletindo sobre o papel da universidade e o da participação dos próprios estudantes na temática. Métodos: trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, em que todos os alunos dos cursos de graduação da FCM-UNICAMP – Enfermagem, Farmácia, Fonoaudiologia e Medicina – foram convidados a escrever sobre como percebiam a influência da universidade em suas QV. Os dados foram analisados por meio da Análise Temática, técnica da Análise do Conteúdo. Resultados: 598 (53,6%) graduandos participaram da investigação. Na análise temática, foram elaboradas duas categorias: “situações promotoras de QV” e “aspectos que desfavorecem a QV”, sendo que as categorias foram subdivididas em itens. Nos depoimentos, emergiram uma multiplicidade de questões, que estavam relacionadas desde aspectos da formação até aspectos econômicos, de relacionamento social e de infraestrutura, ambiência e serviços/atividades oferecidos pela universidade. Alguns itens estavam presentes em ambas as categorias, sendo que um mesmo fato, como a carga curricular extensa, foi tido por alguns estudantes como uma situação promotora de QV (já que acreditavam necessárias para a segurança nas futuras experiências de trabalho), enquanto outros consideravam como um aspecto que desfavorece a QV (argumentando ser excessiva e repetitiva). Conclusão: a Universidade tem um importante papel na QV dos seus formandos, já que lhe compete oferecer suporte para uma formação adequada. Porém, a atuação desta de forma isolada é incompleta, pois o estudante deve ter participação ativa na sua QV, como a elaboração de estratégias para o enfrentamento dos desafios e o desenvolvimento de habilidades pessoais para conseguir se adaptar a esta nova fase da vida. Além disso, ressalta-se a importância da participação estudantil nos órgãos colegiados, centros acadêmicos e atividades sociopolíticas no sentido de reivindicar melhores condições de QV no âmbito universitário.