Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Reflexão sobre o contexto político-cultural da saúde em município de médio porte através de estimativa rápida: abrindo espaço para a Educação Permanente em Saúde
Leonardo Essado Rios

Resumo


O presente trabalho foi realizado como parte das atividades para conclusão do Curso de Aperfeiçoamento em Formação de Facilitadores de Educação Permanente em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca/Fundação Oswaldo Cruz. O objetivo foi analisar o contexto político-cultural da saúde na locorregião e as possibilidades para a Educação Permanente em Saúde. Foi utilizada uma metodologia de estimativa rápida na qual foram realizadas entrevistas com atores do SUS (usuários, trabalhadores, gestores e conselheiro de saúde) em um município de médio porte na região metropolitana de Goiânia/GO. Os instrumentos de trabalho foram bloco de notas e/ou fita cassete. Durante a entrevista eram feitas cinco perguntas referentes ao processo saúde-doença e seus determinantes e sobre o papel dos profissionais de saúde frente este processo. As falas dos entrevistados foram categorizadas de acordo com as palavras-chave identificadas, por segmento entrevistado. No total foram entrevistados 20 indivíduos, sendo 09 usuários considerados informantes-chave, 06 trabalhadores da saúde (02 médicos, 02 enfermeiras e 02 agentes comunitárias de saúde), 04 gestores (secretário de saúde municipal, 02 coordenadoras da Estratégia Saúde da Família e a coordenadora de Saúde Bucal) e o Presidente do Conselho Municipal de Saúde. As opiniões dos segmentos entrevistados foram bastante semelhantes de um modo geral. Apenas um dos gestores associava a saúde apenas à assistência. A questão da desinformação ficou evidente nas falas dos trabalhadores e gestores como um determinante da doença, demonstrando preocupação com ações de informação em saúde. Em relação ao papel do profissional de saúde frente o processo saúde-doença, percebeu-se uma expectativa por relações mais afetivas por parte dos segmentos entrevistados, principalmente usuários e trabalhadores, e a educação foi evidenciada por todos os segmentos como de primordial importância. Concluiu-se que o contexto político-cultural daquela locorregião de saúde era favorável à Educação Permanente em Saúde.