Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Reorientação da formação de dentistas: percepção dos estudantes, gestores e profissionais de saúde sobre os estágios supervisionados da saúde coletiva
Camila Araújo, Franklin Delano Claúdia Helena Soares Talitha Ribeiro, Paulo Marcondes

Resumo


Desde 2002, existe uma nova orientação para formação de cirurgiões-dentistas ao ser publicado as Diretrizes Curriculares Nacionais. Nesse contexto, os estágios supervisionados do Curso de Odontologia da UFPB visam formar profissionais mais reflexivos e críticos de sua realidade. Ao longo de dois anos são desenvolvidas ações com base na metodologia ativa de habilidades no campo da saúde coletiva em unidades de saúde da família de João Pessoa-PB. Essa pesquisa objetiva compreender as percepções de trabalhadores da rede pública de serviços de João Pessoa-PB, sobre as ações desenvolvidas nos estágios supervisionados nos dois primeiros anos do Curso. A metodologia envolveu uma abordagem qualitativa, utilizadando um grupo focal com trabalhadores da rede que tenham vivenciado os estágios supervisionados há pelo menos 3 anos e gestores. O momento do grupo focal foi gravado em áudio, transcritos e na seqüência feita a leitura-análise exaustiva das transcrições. A análise parcial dos dados obteve três categorias, cenários de aprendizagem: os preceptores relataram que ações junto aos estudantes fortalecem o vínculo com a comunidade, além de diversificar e potencializar as ações desenvolvidas; orientação teórica: os preceptores compreendem seu papel protagonista na formação profissional, assim como a resignificação de seu cotidiano com a presença do estudante e de docentes em campo, despertando a necessidade de educação permanente; e orientação pedagógica: os preceptores foram capacitados em metodologias ativas, participando do processo de ensino aprendizagem. Os preceptores sugeriram ampliar a apresentação das atividades realizadas para toda equipe, não ficando restrita ao grupo de estudantes, docentes e preceptores. Conclui-se que os trabalhadores da rede compreendem a integração ensino-serviço de saúde como uma ferramenta potencializadora das ações já desenvolvidas e a importância da construção de momentos reflexivos através do planejamento de novas ações coletivas.