Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA VIOLÊNCIA POR ADOLESCENTES DO COLÉGIO ESTADUAL CLÉRISTON ANDRADE EM ITACARANHA – SALVADOR/BA
Késia Oliveira, Marta Rosa de Lacerda Santos

Resumo


INTRODUÇÃO.A adolescência é uma faixa etária repleta de conflitos e transformações, formada por mudanças biológicas e psicológicas, e que sofre grande influência da cultura do meio social, sendo um período etário onde as representações sociais ganham uma importância ainda maior já que é justamente na adolescência que os valores e as identidades tomam forma, e os comportamentos grupais ganham ainda mais força.Já não se fala de violência, mas de violências (física, psicológica, sexual, moral e patrimonial) em diversos contextos (escolar, doméstica, institucional, urbana).CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA: Estimativas apontam a juventude como um dos grupos mais afetados por esta mazela social figurando ora como vítima, ora como autora de atos violentos(Mapa da Violência, 2011).DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Estudo realizado com 60 adolescentes de 11 a 15 anos do Colégio Estadual Clériston Andrade, localizado em Itacaranha no Subúrbio Ferroviário de Salvador–BA,que aceitaram participar do estudo.A definição da amostra foi não-probabilística.A coleta de dados foi realizada numa sala de aula, onde foi aplicado um questionário de associação livre de palavras proposto por Carl Jung em 1905.Nesse estudo, utilizamos como elemento indutor o vocábulo “violência”.Para a análise dos dados obtidos através da evocação livre de palavras, foi utilizado o software EVOC de Vérges.RESULTADOS ALCANÇADOS: O estudo revela como a representação da violência para os adolescentes pesquisados ainda está muito relacionada à agressão física, devido a possibilidade destes comportamentos serem compreendidos mais rapidamente pelo indivíduo ou ainda por este ser o ato mais amplamente divulgado em todo processo de violência.Ainda foi observado termos que fazem parte do cotidiano destes adolescentes: arma, assaltos, bullying, drogas, violência sexual e xingamentos.Ainda que conscientes do fenômeno bullying e seus efeitos, percebemos que esta prática ainda se mantém nas relações escolares.LIÇOES APRENDIDAS: esse estudo evidencia a necessidade de se desenvolver atividades que tragam o tema da violência à tona, que não silencie essa discussão.Os adolescentes (sujeitos dessa pesquisa) estão imersos em uma realidade em que esse fenômeno perpassa as suas relações.RECOMENDAÇÕES: Esse estudo, pode ser um importante instrumento para potencializar um debate que permita que esses sujeitos percebam a violência simbólica e estrutural que está presente nas relações sociais que são estabelecidas no seu dia a dia.