Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Saúde e Educação: limites e possibilidades da intersetorialidade- Relato de Intervenção no Municipio de Confins –MG.
Maria José Nogueira

Resumo


Introdução: As diretrizes Nacionais de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens traz como um de seus temas estruturantes os direitos sexuais e reprodutivos desse grupo etário. Nesta perspectiva, tem destaque as ações intersetoriais, especialmente entre os setores da saúde e da educação. Objetivo: Analisar os limites e possibilidades da realização de uma estratégia educativa com profissionais da saúde e da educação, com enfoque na saúde sexual e reprodutiva de adolescentes. Metodologia: Estudo qualitativo, realizado em fevereiro de 2011, nas cidades de Confins e São José da Lapa – MG, com a participação de 27 profissionais da saúde e 30 da educação. Realizou-se uma capacitação, de 16 horas, para a concepção de um projeto educativo. Neste momento os participantes foram subdivididos em 05 grupos, formados por Educadores e profissionais da Saúde definidos por cidade e área de abrangência de localização das escolas e atuaçao dos profissionais da saúde. Estabeleceu-se um prazo de 03 meses, sob a consultoria à distância dos pesquisadores, para a implementação de uma prática educativa. Após esse perido foi realizado um grupo focal, composto de 02 representantes, sorteados de cada subgrupo, com o intuito de analisar os limites e possibilidades das ações realizadas. Resultado: A concepção do projeto educativo durante a capacitação foi considerada fundamental para a efetividade da ação. Dos cinco grupos, três realizaram a ação com os adolescentes – duas na escola e uma no centro de saúde. A motivação e o interesse tanto dos profissionais quanto dos adolescentes foram aspectos ressaltados, bem como a parceria entre a saúde e a educação, considerada fundamental para a efetividade e continuidade de novas ações. O entrave de acessibilidade às escolas foi mencionado, principalmente quando o profissional não atuava na própria escola ou encontrava obstáculos para efetivar a pareceria. A falta de acesso levou à impossibilidade de um dos grupos de realizar a atividade proposta dentro do prazo estabelecido. No outro caso o projeto foi redirecionado para os agentes comunitários de saúde, com o intuito de atuarem como multiplicadores. Conclusão: Apesar de algumas barreiras a integração in loco entre a educação e a saúde revelou-se como uma alternativa de parceria contínua e profícua para a realização de ações educativas com enfoque no público juvenil.