Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Segregação de resíduos: o que eu tenho a ver com isso?
Giovana Ely Flores, Maria Rejane Rosa dos Santos, Maria Lucia Scola, Tainá Flores da Rosa

Resumo


A problemática da geração de resíduos é uma questão que envolve aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos no atual contexto mundial. A sustentabilidade no planeta depende invariavelmente da forma como será realizada a gestão destes resíduos. No âmbito hospitalar, tem-se um agravante tendo em vista os tipos de resíduos gerados neste ambiente. Não se pode negar que um aspecto permeia o outro, ou seja, independente do local estamos produzindo resíduos que, obviamente, terão destinos diferentes. Neste sentido, surgem questionamentos que se relacionam à parcela de participação de cada um e de todos no processo que envolve esta questão e as ações que podem ser implementadas no sentido de diminuir o impacto ambiental, seja no microespaço do trabalho ou em maior escala. A partir desta prerrogativa, a enfermagem tem grande parcela de contribuição nesta questão, seja como geradora e como segregadora de tais resíduos no contexto hospitalar. Assim, no Hospital de Clinicas tem sido desenvolvido estratégias que dêem conta da necessidade da instituição para adequar-se à legislação vigente e, ao mesmo tempo, para sensibilizar as equipes para segregar estes resíduos de forma a conscientizá-los sobre a importância da atuação de acordo com as normas vigentes. A estratégia educativa na instituição é uma ação permanente, desenvolvida por meio de grupos focados, tem como objetivo despertar a consciência ética e a implicação do trabalhador de saúde nesta ação, estimulando a reflexão crítica e a problematização das atividades cotidianas. Esta ação permanente conta com o apoio da equipe de gestão ambiental do hospital nas capacitações específicas, bem como na revisão dos processos e atualização das rotinas de segregação de resíduos sólidos de saúde. Nos grupos focados, houve a participação efetiva das equipes que se mostraram receptivas e interessadas em seguir as recomendações, entretanto, confusas em função do desencontro de informações. A partir destas contribuições extraídas dos grupos focados foram realizadas visitas as unidades para ajustes de acordo com as necessidades. Este espaço constitui-se também como oportunidade de escuta e problematização do processo de trabalho. Portanto, acreditamos que esta metodologia pode estimular o pensamento crítico no papel de cada um como profissional e como cidadão para a manutenção da vida no planeta.