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Às vésperas de comemorar 50 anos da Psicologia enquanto profissão no Brasil, ressalta-se, dentre todos os reconhecidos serviços prestados à sociedade em seus diversos contextos, a aplicação da Psicologia à área da saúde. Historicamente, ela teve início em 1950 e começou a ganhar maior espaço e visibilidade a partir dos anos 70. Nos anos 80 nota-se um movimento de abertura nas instituições públicas para atuação do psicólogo, passando este a compor o seu quadro de funcionários. Contudo, é apenas na década de 90 que o psicólogo passa efetivamente a fazer parte da equipe de profissionais atuantes na saúde, com papel relevante para a promoção da saúde e prevenção de doenças. Os avanços também trouxeram questionamentos quanto à formação recebida, pois as necessidades e demandas ultrapassavam os conhecimentos adquiridos, não só pela forma de atuação frente ao paciente e a comunidade, como também ao trabalho multidisciplinar. O objetivo deste trabalho é trazer à tona reflexões acadêmicas acerca da atuação do psicólogo na área da saúde. Para tal, parte-se de um cenário comum às universidades, as práticas de estágios de uma Universidade particular de Minas Gerais que a partir de 2008 inseriu-se no Pró-Sáude Desde a sua implantação, o Pró-Sáude propicia a inserção gradativa de seus alunos nos mais diferentes contextos, com ações individuais e coletivas visando o atendimento de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em Belo Horizonte. Os estágios abrangem desde os períodos iniciais, onde os alunos têm o primeiro contato com a prática profissional, até os últimos períodos onde eles já possuem preparação necessária para realizar atendimentos individuais ou em grupos. Tal experiência vem apontando para a real necessidade de reorientar o processo de formação dos cursos ligados à saúde, preparando os futuros profissionais para atender às demandas da população. Para isso é preciso ampliar a abordagem dos fenômenos de saúde/doença a partir de uma visão mais integral do homem. Para a Psicologia, a experiência tem indicado a necessidade de produções teóricas e metodológicas sobre a saúde que dêem conta de sua natureza complexa.