Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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QUALIDADE DA ATENÇÃO EM SAÚDE DE HOMENS E MULHERES COM DOENÇA FALCIFORME: a percepção dos profissionais de saúde
Ítala Silva Ribeiro, Fernanda Cajuhy Santos, Ane Caroline Cruz Santos, Silvia Lucia Ferreira, Luciane Souza da Silva

Resumo


A assistência às pessoas com doença falciforme, como ocorre em toda doença crônica, deve privilegiar a ação multiprofissional e integral. O processo de avaliação da qualidade da prestação dos serviços de saúde envolve tanto quem utiliza os serviços, como quem os produz. Não há dúvida de que usuário e prestador ocupam posições diferentes no processo, embora ambos contribuam para que os serviços sejam executados. Objetivo: Identificar os avanços e retrocessos referentes à capacitação dos profissionais de saúde e, de modo particular, da enfermagem para atender pessoas com doença falciforme. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória, de abordagem qualitativa. O instrumento de coleta utilizado foi um formulário semi-estruturado dirigido aos profissionais de saúde atuantes nas Unidades Básicas de Saúde e no Hospital Público Municipal Célia Almeida, localizados no município de São Francisco do Conde - Bahia através do agendamento de visitas aos serviços. Para a análise, foi utilizada a estatística descritiva com a caracterização dos profissionais de saúde. A análise dos dados foi realizada pelo referencial teórico da Análise de Conteúdo de Bardin, na modalidade de Análise Categorial Temática. Resultados: Foram entrevistados 43 profissionais de saúde, sendo que 33 são do sexo feminino e 10 do sexo masculino. No que diz respeito à categoria profissional, 13 são enfermeiras, 10 odontólogos, 08 assistentes sociais, 07 médicos, 02 fisioterapeutas, 01 nutricionista, 01 psicóloga e 01 fonoaudióloga. A partir dos resultados encontrados, verifica-se carência de participação dos profissionais de saúde entrevistados em programas de educação permanente e capacitações sobre doença falciforme, pois percebe-se que a doença falciforme ainda é pouco conhecida pelos profissionais de saúde. Nesse contexto, verifica-se que os profissionais ainda entendem a doença falciforme e a anemia falciforme como sinônimos. Percebe-se que as enfermeiras entrevistadas, apesar de estarem lidando diretamente com as pessoas com doença falciforme não se sentem completamente preparadas para cuidar com qualidade dessas pessoas. Conclusão: Os achados deste estudo apontam para a necessidade de capacitação específica para profissionais de saúde na promoção de mudança de atitudes e ações que possam operar dentro da diversidade da sociedade brasileira e das peculiaridades do processo saúde/doença dos pacientes com doença falciforme.