Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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QUALIDADE DE VIDA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM: ATRAVÉS DO WHOQOL-BREF
Jadson Mendonça Galindo, Rita Cassia Moura

Resumo


ntrodução: A qualidade de vida (QV) decorre de uma construção subjetiva e multidimensional, composta por elementos positivos e negativos que ampliam a análise dos processos envolvidos, numa perspectiva da ecologia humana e da relação entre trabalho e saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar a QV através modelo WHOQOL-Bref da Organização Mundial de Saúde. A amostra foi composta por 117 estudantes de Enfermagem da Universidade de Pernambuco (UPE), delimitada através de cálculo amostral com desvio padrão de 2, erro máximo permitido de 5% e 95% de confiança. Os participantes receberam informações sobre a pesquisa e o modelo WHOQOL-Bref, e responderam o questionário de forma individual e auto-administrada, após aceitarem formalmente. Na análise estatística foi utilizado Programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS, v. 15.0, 2006). O WHOQOL-Bref considera os últimos 15 dias vividos pelos respondentes, e é composto por uma ficha de identificação e uma segunda parte formada por 26 questões, onde a primeira questão avalia a QV, a segunda refere-se à satisfação com a própria saúde, e as demais 24 perguntas são relativas a quatro domínios (físico, psicológico, relações sociais e do meio ambiente; variando na escala de 0 a 100, sendo acima de 70 a região de sucesso). Os estudantes apresentaram idade de 18 a 36 anos, sendo 92,3% do sexo feminino. O tempo de preenchimento dos questionários foi em média 7,8 minutos. O domínio das relações sociais apresentou maior média (75,92), seguido pelos domínios psicológico (67,94), físico (66,75) e, por último, o domínio meio ambiente (52,35), tendo o desvio padrão nestes domínios variado de 11,34 a 16,76. O domínio meio ambiente apresentou a pior média na região do insucesso, valendo notar que ele abordou os aspectos segurança física e proteção, ambiente físico, recursos financeiros, oportunidade de adquirir novas informações, lazer, ambiente no lar, cuidados de saúde, e transporte. Afirmaram ser “ruim” sua QV 8,5% dos estudantes, “nem ruim nem boa” 19.7%, sendo “boa” e “muito boa” 61,5% e 10,3%, respectivamente. Responderam estar “insatisfeito” com a própria saúde 14,5%, “nem satisfeito nem insatisfeito” 17,9%, “satisfeito” 57,3%, e 10,3% como “muito satisfeito”. A QV pode ser alcançada de diversas formas, e o espaço da universidade deve promover nos estudantes uma reflexão sobre o tema, visando uma melhoria da saúde coletiva.