Tamanho da fonte: 

Palavras-chave: TDAH; Formação; Qualificação do professor.Autor: Deps,M.M.A.INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, no âmbito da educação, da família e da sociedade a questão do TDAH assume maior importância em função da dificuldade crescente e da falta de formação e qualificação específicas do professor para cuidar, trabalhar e controlar o aluno que apresenta comportamento hiperativo. OBJETIVO: Mostrar que a falta de formação, qualificação e conhecimento da síndrome TDAH são desafios dos professores na condução do processo de ensino-aprendizagem e no trabalho com o aluno em sala de aula. Apontar a necessidade e a importância da formação e qualificação do professor acerca do TDAH. MÉTODOS: A pesquisa foi realizada em uma escola privada no município de Vitória - Espírito Santo. Para a coleta de dados utilizou-se questionário semi estruturado, com 16 perguntas objetivas, destinado aos professores, questionando acerca do conhecimento sobre o TDAH, da dificuldade na sala de aula, qualificação, acesso a informações do diagnóstico e medicamento, metodologia e avaliação do aluno portador de TDAH. A amostra foi composta por 24 professores que responderam ao questionário aplicado. RESULTADOS: Dentre os professores entrevistados, 94,83% sabem o que é TDAH, contudo apenas 7% já participaram de cursos de capacitação sobre o tema. De acordo com pesquisadores em TDAH, o acompanhamento e elaboração, pelo professor, de relatórios sobre o comportamento do aluno portador de TDAH é fundamental para o diagnóstico médico e acompanhamento clínico deste paciente. Porém, 79,17% dos professores entrevistados não fazem relatório dos alunos com diagnóstico de TDAH. Alem disso, 16,67% dos professores desconhecem quais alunos estão em uso de medicamento. Em relação às metodologias de ensino e avaliação, embora os professores pareçam conhecer alguma metodologia para trabalhar com o aluno TDAH, 70,83% dos profissionais entrevistados disseram que não aplica nenhuma metodologia específica na aprendizagem desses alunos e 79,17% dos entrevistados disseram que aplicam a mesma avaliação aos alunos com e sem TDAH. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo apontam possíveis falhas na comunicação entre professores, pais, diretores, pedagogos, e profissionais de saúde que diagnosticam e tratam de pacientes com TDAH, o que desta forma, dificulta a ação do docente em relação ao aluno. Atualmente a educação lida com uma ruptura de paradigmas, conceitos, valores e princípios em que a posição do professor torna-se indispensável para o aprendizado do aluno com TDAH. Para isso faz-se necessário conhecimento do professor sobre o assunto, metodologias específicas de ensino e avaliação, além da integração com a equipe de profissionais envolvida nos cuidados do portador de TDAH. Desta forma, a não capacitação e a falta de preparo do professor em lidar com TDAH dificultam o processo de ensino-aprendizagem. REFERÊNCIAS: BARKLEY, Russel A.; MURPHY, Kevin R. Transtorno de Déficit de Atenção/Hipertatividade – Exercícios Clínicos. 3 ed. Porto Alegre: Editora Artmed, 2008. BENCZIK, E.B.P e BROMBERG, M.C . Intervenções na escola. IN: ROHDE, L.A e MATOS, P. Princípios e Práticas em TDAH. Porto alegre: Editora Artmed, 2003. BRIOSO, Angeles; SARRIÁ Encarnación. Distúrbios de Comportamento. In. COLL, Cezar et al. Desenvolvimento Psicológico e Educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Trad. DOMINGUES, Marcos A. G. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. V.3, cap.10, p.160-164 COLL, César; PALACIOS, Jesús; MARCHESI, Alvaro. Desenvolvimento Psicológico e Educação – Necessidades Educativas Especiais e Aprendizagem Escolar. Porto Alegre: Artmed, 1995. DEMO, P. O professor e seu direito de aprender. In_Shigunov Neto; Alexandre e Maciel, Lizete Shizue B. (Orgs.) Reflexões sobre a formação de professores. Cap. III. Campinas, São Paulo: Papirus Editora, 2002. p. 71-87.