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Reconhecimento do território: realidade da ação de uma equipe do PACS no município de Salvador, Bahia
Resumo
Introdução: O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) teve início no Brasil no começo dos anos de 1990, e é hoje compreendido como estratégia transitória para o programa Saúde da Família. Dentre as principais funções dos agentes de saúde destacam-se: levar à população informações capazes de promover o trabalho em equipe; realização de visita domiciliar; planejamento das ações de saúde; promoção da saúde; prevenção e monitoramento de situações de risco, dentre outras. A visita ao território objetiva identificar a realidade da comunidade, bem como as condições de saúde e os recursos daquela população. Objetivo: Descrever a experiência de estagiárias do 8º semestre do curso de Fonoaudiologia da UFBA no reconhecimento do território coberto por 2 agentes comunitários de saúde do PACS no Distrito Sanitário de Itapagipe, no município de Salvador – BA. Métodos: Considerando a relevância do reconhecimento do território e do diagnóstico das condições de saúde dos indivíduos para o planejamento de ações em saúde foi programada visita ao território e visita domiciliar com agentes comunitários de saúde que compõem uma equipe do PACS do Distrito de Itapagipe, em Salvador – BA. Em virtude do cronograma das atividades do Estágio, esta atividade foi desenvolvida em um turno dividindo os estagiários em dois grupos, cada qual acompanhado por um ACS. Optou-se pela vista em domicílios de usuários do SUS portadores de doenças crônicas que fossem acompanhados por um dos ACS da equipe. Resultados: A área visitada é carente e aponta problemas estruturais importantes, tais como rede de esgoto a céu aberto e um número significativo de famílias que ainda vivem em palafitas. Na visita domiciliar foi possível perceber o valor que a família atribui ao trabalho do agente comunitário desta área, pois este constitui-se não só como aquele que orienta, mas aquele que conhece e se preocupa com as condições de saúde e educação, que está disposto a intermediar ações entre a família e a comunidade, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. Conclusão: Apesar do curto tempo destinado à visita domiciliar e ao reconhecimento do território, foi uma excelente oportunidade acompanhar os ACS desenvolvendo as suas ações de rotina. E perceber que ainda existe uma limitação grande do PACS, uma vez que a atuação não ampara a comunidade em sua integralidade.