Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Reconhecimento do território: realidade da ação de uma equipe do PACS no município de Salvador, Bahia
Maira Mota Souza Santos, Tatiane Costa Meira, Talita Baraúna da Silva, Marília Mendes Silva, Maysa Bastos Rabelo, Vladimir Andrei Rodrigues Arce, Lorena Tourinho Dantas Azevedo

Resumo


Introdução: O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) teve início no Brasil no começo dos anos de 1990, e é hoje compreendido como estratégia transitória para o programa Saúde da Família. Dentre as principais funções dos agentes de saúde destacam-se: levar à população informações capazes de promover o trabalho em equipe; realização de visita domiciliar; planejamento das ações de saúde; promoção da saúde; prevenção e monitoramento de situações de risco, dentre outras. A visita ao território objetiva identificar a realidade da comunidade, bem como as condições de saúde e os recursos daquela população. Objetivo: Descrever a experiência de estagiárias do 8º semestre do curso de Fonoaudiologia da UFBA no reconhecimento do território coberto por 2 agentes comunitários de saúde do PACS no Distrito Sanitário de Itapagipe, no município de Salvador – BA. Métodos: Considerando a relevância do reconhecimento do território e do diagnóstico das condições de saúde dos indivíduos para o planejamento de ações em saúde foi programada visita ao território e visita domiciliar com agentes comunitários de saúde que compõem uma equipe do PACS do Distrito de Itapagipe, em Salvador – BA. Em virtude do cronograma das atividades do Estágio, esta atividade foi desenvolvida em um turno dividindo os estagiários em dois grupos, cada qual acompanhado por um ACS. Optou-se pela vista em domicílios de usuários do SUS portadores de doenças crônicas que fossem acompanhados por um dos ACS da equipe. Resultados: A área visitada é carente e aponta problemas estruturais importantes, tais como rede de esgoto a céu aberto e um número significativo de famílias que ainda vivem em palafitas. Na visita domiciliar foi possível perceber o valor que a família atribui ao trabalho do agente comunitário desta área, pois este constitui-se não só como aquele que orienta, mas aquele que conhece e se preocupa com as condições de saúde e educação, que está disposto a intermediar ações entre a família e a comunidade, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. Conclusão: Apesar do curto tempo destinado à visita domiciliar e ao reconhecimento do território, foi uma excelente oportunidade acompanhar os ACS desenvolvendo as suas ações de rotina. E perceber que ainda existe uma limitação grande do PACS, uma vez que a atuação não ampara a comunidade em sua integralidade.