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Introdução: Atividades educativas em saúde constituem ações voltadas para a promoção da saúde e representam um instrumento de transformação capaz de favorecer aos usuários mais autonomia sobre sua saúde e assim, uma vida mais saudável. Esta prática torna-se fundamental frente à presença de doenças crônicas, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Objetivos: Avaliar o nível de conhecimento de usuários de uma unidade de saúde pública do RJ sobre DPOC e temas relacionados após a utilização de estratégias de educação em saúde em um programa de reabilitação pulmonar. Método: Após aprovação pelo Comitê de Ética da UCB sob o n.º0056/2011, foram incluídos neste estudo 11 usuários portadores de DPOC, que assinaram voluntariamente o TCLE. Para avaliação do conhecimento sobre DPOC um questionário com 24 perguntas fechadas foi respondido pelos participantes antes e após 4 encontros mensais de educação em saúde. Para estimular os usuários a exercer uma participação ativa no processo de aprendizagem foram utilizadas metodologias pedagógicas como dramatização, exposição dialogada e oficinas de produção durante os encontros. Os parâmetros avaliados foram: (1) a variação percentual do número de acertos, erros e respostas “não sei” da totalidade do questionário e (2) a variação percentual do número de acertos por conjuntos temáticos de questões. Os valores foram considerados estatisticamente significativos quando p<0,05. Resultados: Houve melhora de 10,23% (p<0,002) no número de acertos do questionário utilizado após as reuniões educativas. Adicionalmente, observou-se redução do percentual de erros de 18,56% para 13,25% (p=0,09), bem como de respostas “não sei” de 5,30% para 0,38% (p=0,06). Os resultados obtidos nos conjuntos temáticos do questionário – conceito de DPOC; medicamentos; tabagismo; reabilitação e exercícios; e conservação de energia e oxigenioterapia; demonstraram que o número inicial de acertos foi superior a 70% em cada conjunto de questões, exceto para o tema nutrição (50%). Entretanto, este último foi o que apresentou maior variação percentual entre as avaliações inicial e final (18,1%; p<0,02). Conclusão: Embora o acompanhamento clínico e fisioterapêutico regular dos pacientes com DPOC favoreça a aquisição de conhecimento sobre a sua doença, o programa estruturado de educação em saúde contribuiu adicionalmente de forma efetiva para melhorar o autoconhecimento sobre DPOC e temas relacionados, especialmente no que tange ao tema nutrição.