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Redução de danos no cuidado a usuários de álcool no CMS/ESF Casa Branca.
Resumo
Caracterização: Relato da experiência realizada no CMS/ESF Casa Branca no Município do Rio de Janeiro para incluir e integrar alcoolistas na Unidade de Saúde. Descrição: A abordagem é centrada na Política de Redução de Danos, no cotidiano dos usuários e com seus familiares, conforme a Portaria n°1028/2005MS, para fazer com que o usuário deixe de ser estigmatizado e passe a ser um real benificiário das politicas sociais e de saúde. O atendimento aos usuários de álcool é realizado quinzenalmente em parceria com os profissionais de serviços de saúde mental da área e alunos, vinculados ao Programa Pet Saúde Mental da Universidade do. Estado Rio de Janeiro, com atendimentos conjuntos e individuais, abordagem familiar, visita domiciliar e estruturação de projetos terapêuticos de caráter interdisciplinar. Iniciou-se com dois Grupos Focais, conduzidos pelos preceptores com os profissionais da equipe, com discussão da visão desta sobre o problema, seguido da construção e definição de estratégias para a implantação do projeto. Os Agentes Comunitários de Saúde apresentaram listagem da clientela alvo por micro-área, tendo sido iniciados os primeiros contatos e o agendamento dos atendimentos. Efeitos alcançados: com quatro meses da implantação do projeto, identificou-se um elevado numero de usuários que desejam e necessitam deste tratamento, que vem sendo progressivamente inseridos no cuidado. A avaliação clínica e laboratorial é realizada sempre na primeira abordagem, e a medicação instituída pelo médico de família, com apoio matricial. Outras ações terapêuticas, como o trabalho em hortas, têm sido estruturadas. Os alcoolistas são geralmente pacientes arredios, que dificilmente procuravam a Unidade, muitas vezes sendo seus problemas trazidos por familiares. Recomendações: com o projeto, cientes que irão receber tratamento, os usuários comparecem, na maioria dos casos, quando agendados, criando vinculo com o serviço de saúde. Estes casos demonstram a potencialidade da Estratégia da Saúde da Família neste cuidado e a importância de integração com unidades especializadas, estruturando uma rede para acolher esta clientela, pois a Atenção Básica sozinha não tem capacidade resolutiva para responder aos graves problemas clínicos e psiquiátricos detectadas em alguns casos, sendo indispensável que ações ao nível secundário e terciário venham ser agregados. A receptividade e adesão dos moradores ao projeto e a busca das famílias por ajuda mostra a efetividade da proposta.