Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
REFERENCIAIS PARA AS PRÁTICAS PROFISSIONAIS DE PSICÓLOGOS EM NÚCLEOS DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA
Erica Diana Rodrigues do Nascimento, Indira Rachel Arrais Oliveira, Valéria Raquel Alcantara Barbosa, Vinicius Alexandre da Silva Oliveira

Resumo


INTRODUÇÃO: No Brasil, com a reorientação da Atenção Primária à Saúde, o Núcleo de Apoio à Saúde da Família/NASF delimita recurso operacional inovador para apoiar, ampliar, aperfeiçoar a atenção e gestão da Estratégia Saúde da Família/ESF. O trabalho do Psicólogo nesse contexto denota um campo de desafios, rico em questionamentos sobre papeis cabíveis ao profissional e quanto às possibilidades de contribuições inovadoras para o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde/SUS. OBJETIVOS: Identificar ações atribuídas pelo Ministério da Saúde e referências do Conselho Federal de Psicologia (CFP) para o trabalho do Psicólogo no NASF; identificar especificidades, consonâncias e dissonâncias entre ações atribuídas pelo Ministério da Saúde e as referências do CFP para o trabalho do Psicólogo no NASF. MÉTODO: Pesquisa documental do tipo exploratório–descritiva, de abordagem qualitativa. Para tal, foram identificadas informações associadas ao fenômeno sob investigação nos textos da Portaria do Ministério da Saúde nº 154, de 24/01/2008 (que trata sobre a criação dos NASF); e, das publicações do CFP, “A prática da Psicologia e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família” e “Práticas Profissionais de Psicólogos e Psicólogas na Atenção Básica à Saúde” - que descrevem sobre a atuação do Psicólogo no NASF, dividindo esta em ações de matriciamento às equipes de ESF e em ações especificas em Saúde Mental. RESULTADOS: Constatou-se a existência de reduzida quantidade de dispositivos legais e de documentos técnicos que versam sobre a atuação do Psicólogo nos NASF. Através da apreciação dos documentos percebeu-se que novas competências profissionais são exigidas para o trabalho do Psicólogo na Atenção Primária à Saúde - cujo aprendizado muitas vezes não foi oportunizado na formação acadêmica (gestão de serviços, políticas públicas, saúde coletiva, trabalho em equipe multidisciplinar e desenvolvimento de ações intersetoriais para estabelecer relação dialógica com a comunidade). CONCLUSÃO: É importante contextualizar a prática profissional da Psicologia na Saúde Publica, visto que esta ainda mostra-se como campo de experimentação e criação; e, pesquisas e documentos referenciais para atuação qualificada, ainda são escassos. Logo, torna-se necessário aprimorar referenciais teórico-metodológicos para a prática profissional, atualizando conceitos, potencializando linguagem técnica, capacidade de comunicação com o povo e de atuação nos cenários colocados pela Saúde Pública.