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Teatro do Oprimido como Estratégia de Reabilitação Psicossocial
Resumo
Introdução: Em busca da concretização da inclusão social de pessoas em situação de sofrimento psíquico, diversos grupos culturais vêm se estabelecendo no campo da reforma, desenvolvendo atividades como teatro, música, dança, folclore e literatura. Tendo como exemplo, o Teatro do Oprimido (TO), que foi criado pelo dramaturgo Augusto Boal e teve origem no Brasil nas décadas de 1960 e 1970. Trata-se de um tipo de oficina que reúne exercícios, jogos e técnicas teatrais, buscando através do diálogo resgatar aos oprimidos o direito de ser e falar. Objetivos: Investigar as concepções sobre reabilitação psicossocial dos usuários e profissionais que trabalham com Teatro do Oprimido (TO) no CAPS III- Liberdade de Aracaju/SE/Brasil em 2011. Identificando quais foram às melhorias na qualidade de vida de portadores de sofrimento psíquico. Métodos: Estudo exploratório-descritivo e qualitativo. O estudo foi desenvolvido no CAPS III- Liberdade da cidade de Aracajú/SE/Brasil, no período de julho de 2011. A escolha do local foi baseada no fato da Instituição ser um CAPS de referência na cidade em relação à metodologia do Teatro do Oprimido e um dos poucos no Nordeste, que possui uma grande demanda de usuários e que utilizam desse tipo de estratégia como uma das ferramentas para a sua reabilitação. Os dados foram obtidos através de um roteiro de entrevista semiestruturado, coletado com a utilização de um aparelho de Mídia Player (MP3). com 06 usuários e 01 profissional, sendo analisado através da análise de conteúdo tipo categorial de Bardin. Resultados: Revelaram usuários ativos; melhora na expressão dialógica e corporal e o TO como uma estratégia de reabilitação psicossocial, pois além de aproximar os participantes, mostram caminhos para o resgate da autonomia através das encenações, além de incentivar à arte. Apresentam também melhora na qualidade de vida e permitem intervalos entre as crises psiquiátricas maiores, tornando-se uma ponte de fortalecimento para a aproximação familiar. Porém, existem dificuldades na sua operacionalização. Conclusões: Trata-se de uma ferramenta que possibilita a estabilização e a reabilitação dos portadores de sofrimento psíquico.