Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Teatro do Oprimido como Estratégia de Reabilitação Psicossocial
Maria de Oliveira Ferreira Filha, Elisângela Braga de Azevedo, Juliana Jamaica Sousa da Silva, Priscilla Maria de Castro Silva, Larissa Nogueira de Siqueira Barbosa

Resumo


Introdução: Em busca da concretização da inclusão social de pessoas em situação de sofrimento psíquico, diversos grupos culturais vêm se estabelecendo no campo da reforma, desenvolvendo atividades como teatro, música, dança, folclore e literatura. Tendo como exemplo, o Teatro do Oprimido (TO), que foi criado pelo dramaturgo Augusto Boal e teve origem no Brasil nas décadas de 1960 e 1970. Trata-se de um tipo de oficina que reúne exercícios, jogos e técnicas teatrais, buscando através do diálogo resgatar aos oprimidos o direito de ser e falar. Objetivos: Investigar as concepções sobre reabilitação psicossocial dos usuários e profissionais que trabalham com Teatro do Oprimido (TO) no CAPS III- Liberdade de Aracaju/SE/Brasil em 2011. Identificando quais foram às melhorias na qualidade de vida de portadores de sofrimento psíquico. Métodos: Estudo exploratório-descritivo e qualitativo. O estudo foi desenvolvido no CAPS III- Liberdade da cidade de Aracajú/SE/Brasil, no período de julho de 2011. A escolha do local foi baseada no fato da Instituição ser um CAPS de referência na cidade em relação à metodologia do Teatro do Oprimido e um dos poucos no Nordeste, que possui uma grande demanda de usuários e que utilizam desse tipo de estratégia como uma das ferramentas para a sua reabilitação. Os dados foram obtidos através de um roteiro de entrevista semiestruturado, coletado com a utilização de um aparelho de Mídia Player (MP3). com 06 usuários e 01 profissional, sendo analisado através da análise de conteúdo tipo categorial de Bardin. Resultados: Revelaram usuários ativos; melhora na expressão dialógica e corporal e o TO como uma estratégia de reabilitação psicossocial, pois além de aproximar os participantes, mostram caminhos para o resgate da autonomia através das encenações, além de incentivar à arte. Apresentam também melhora na qualidade de vida e permitem intervalos entre as crises psiquiátricas maiores, tornando-se uma ponte de fortalecimento para a aproximação familiar. Porém, existem dificuldades na sua operacionalização. Conclusões: Trata-se de uma ferramenta que possibilita a estabilização e a reabilitação dos portadores de sofrimento psíquico.