Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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TENDÊNCIA DA AIDS NA MICRORREGIÃO SÃO MATEUS, NO ESPÍRITO SANTO E NO BRASIL, NO PERÍODO DE 1999 A 2008.
Franciéle Marabotti Costa Leite, Ana Paula Martins Vilela, Edilson Romais Schmildt

Resumo


Introdução: A Aids no Brasil caracteriza-se como uma pandemia multifacetada, composta por várias subepidemias, não possuindo um perfil epidemiológico único em todo o território brasileiro. Objetivo: descrever a tendência da Aids, na Microrregião São Mateus, no Espírito Santo e no Brasil, no período de 1999 a 2008, segundo taxa de incidência geral, taxa de incidência por sexo e razão de sexo; e comparar o perfil da tendência regional com o estadual e o nacional. Metodologia: Os dados foram coletados no Sistema de Agravos e Notificações; e realizou-se análise de tendência através do modelo de regressão polinomial simples, no programa estatístico GENES. Resultados: Evidenciou-se tendência crescente dos casos de Aids na Microrregião e no Brasil, com taxas de incidência média de 11,73 casos por 100.000 habitantes e 18,92 casos por 100.000 habitantes, respectivamente. Já o Espírito Santo revelou tendência decrescente com taxa de incidência média de 17,42 casos por 100.000 habitantes. Em relação à taxa de incidência por sexo, as três regiões analisadas revelaram tendência crescente nos dois sexos. A taxa de incidência média na Microrregião foi de 11.86 casos por 100.000 habitantes no sexo masculino e 11.60 casos por 100.000 habitantes no feminino. No Espírito Santo encontrou-se 20.04 casos por 100.000 habitantes no masculino e 14.84 casos por 100.000 habitantes no feminino. E no Brasil revelou-se 23.31 casos por 100.000 habitantes no sexo masculino e 14.66 casos por 100.000 habitantes no feminino. Quanto à razão de sexo (M/F), encontrou-se tendência crescente apenas na Microrregião estudada, porém com fraca relação de tendência. Diferentemente, o Espírito Santo e o Brasil apresentaram tendência decrescente da mesma, com valores de coeficiente de determinação demonstrando alto ajuste a reta de regressão. As razões de sexo médias foram 1.24, 1.3 e 1.55 para a Microrregião, o Espírito Santo e o Brasil, respectivamente. Conclusão: A Microrregião apresentou um perfil próximo ao estadual e nacional, mas com particularidades que apontam para a presença de subepidemias regionais. Apesar dos progressos em quase trinta anos de epidemia, a Aids continua sendo uma doença incurável e nossa melhor defesa ainda é a prevenção, com políticas públicas específicas. Palavras-chave: Epidemiologia; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Sistemas de Informação.