Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Título: " Começo de uma Atitude "
Felipe Vieira dos Santos

Resumo


Introdução: O Grupo de Adolescente da USF Carlos Figueiredo Filho - USF Borel surge no momento em que a Caderneta de Saúde do(a) Adolescente construída pelo Ministério da Saúde chega em nossa Unidade;com isso, observou-se a necessidade de criar um Grupo, à fim de trabalhar o conteúdo da Caderneta e outros assuntos que surgissem no decorrer do processo, vindo dos próprios(as) Adolescentes. Ao mesmo tempo que surge o Grupo de Adolescente dentro da USF Borel, nasce também um Grupo de Adolescente fora da USF, constituindo-se assim um Projeto extra-muro. Esse Grupo surgiu também incentivado pela chegada do Projeto da UNICEF chamado " Plataformas Urbanas " onde neste Projeto há dois adolescentes que representam a Comunidade.Metodologia: O Grupo é realizado dentro da USF Borel, ele é constituído de adolescentes de 10 à 19 anos das Comunidades Borel, Indiana e Adjacências. Eles também são oriundos de encaminhamentos de setores da USF como Saúde Bucal, imunização, consultas médicas e de enfermagem. A faixa etária é retirada do Ministério da Saúde, que considera entre 10 e 19 anos onde eles iniciam várias transformações no seu corpo, no seu crescimento, na sua vida emocional, social e nas suas relações afetivas; O processo de trabalho realizado no grupo se dá de diversas formas: temas levantados pelos próprios adolescentes e temas colocados pelos facilitadores ( Técnico de Enfermagem e ACS ) dentre eles: Cidadania, Organização Local, Saúde Sexual e Prevenção, Papéis de Gênero, Meio Ambiente, Cultura Jovem, Preconceito e Exclusão Social, Memória e Histórias locais, Sexualidade, Afeto, Socialidade. Aplicamos diversas dinâmicas relacionadas aos temas abordados; Na USF o grupo funciona todas às 4ªfeiras das 14: 00 às 16: 00 horas e fora da USF é realizado em 15/15 dias aos domingos na residência de um dos adolescentes do “Plataformas Urbanas”. No decorrer do processo dos grupos foi observado pelos facilitadores que o(a)s adolescentes solicitam cursos de artesanatos, teatro...Objetivo: Estimular os adolescentes que compõem o grupo o conhecimento de Cidadania e Socialização; Conhecer os seus direitos e deveres baseado no E.C.A ( Estatuto da Criança e do Adolescente ); Trabalhar sua auto estima retirando-os da ociosidade e da marginalidade; Fazer com que eles estejam sempre em contato com a Caderneta do(a) Adolescente, pois ela é um instrumento de orientação para apoiá-los no processo de autodescoberta e autocuidado;Desafios esperados: No decorrer do tempo observamos que os adolescentes tanto da USF e fora da USF poderão identificar questões locais relativas à desigualdade de gênero;Identificar diferenças entre papéis sexuais e sociais de homens e mulheres; Identificar e discutir problemas relacionados à saúde reprodutiva; Conhecer e participar de redes civis locais e comunitárias; Promover suas habilidades comunicativas, tanto interpessoais quanto orientadas para um público; Problematizar questões ligadas à formação do Rio de Janeiro e suas Comunidades; Instrumentalizar e multiplicar informações sobre o espaço sócio ambiental; reciclagem de recursos naturais; Identificar sintomas, modos de transmissão e prevenção dos principais DST`s / Aids; Desenvolver a habilidade de adoção de práticas de sexo seguro e outras vulnerabilidades.Resultados alcançados: Temos tido um aumento de números de participantes assíduos e participativos de nossa comunidade e outras comunidades adjacentes. Surge também a proposta de criar um Grupo de Diversidade específico para a população LGBT ( Lésbicas, Gay, Bisexuais, Travestis e Transsexuais). Conclusão: Temos a necessidade de conseguir um espaço maior para acomodá-los e aumentar os recursos financeiros. Por outro lado, os profissionais de saúde que são os facilitadores do Grupo se sentem altamente gratificados ao observar que o projeto está dando certo. E finalmente lembrar, que como escutar implica em falar e também se posicionar, o dever que temos de escutá-los, neste espaço de troca, significa o direito que temos de falar. Escutar no fundo é falar com eles e não simplesmente falar a eles. Estimular o protagonismo é dar voz aos adolescentes. Autores: Mônica Gonçalves de OliveiraTécnica de Enfermagem da USF - Borel ( Coren nº 147047)Conselheira Distrital de Saúde da A.P 2.2Acadêmica em Enfermagem - 1º Perido - Faculdade São CamiloFelipe Vieira dos SantosAgente Comunitário de Saúde - USF - BorelDiretor de Políticas Sindicais do SINDACSRJ/AMACSRJ( Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Associação Municipal dos Agentes Comunitários de Saúde do RJ Representante do SINDACSRJ na Mesa Municipal de Negociação Permanente do SUS da SMSDCContato: E-mail: felipevsaude2@yahoo.com.br