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O trabalho pode ser buscado tanto como direito de cidadania, como uma realização individual para o indivíduio portador de uma deficiência. Além de ser um meio de assegurar a manutenção de vida, é fator importante e caracterizador de princípios de igualdade e inclusão. Muitas empresas têm se empenhado em superar esse desafio, dedicando-se à eliminação das barreiras arquitetônicas, urbanistas, de transporte e de comunicação, para permitir que qualquer cidadão atue com segurança e autonomia, dentro e fora do trabalho consciente de que seu ambiente de trabalho respeita e valoriza a todos. A Fundação Oswaldo Cruz acolhe em diversas unidades, trabalhadores com deficiência auditiva, através de um convênio com a FENEIS – Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos. Este trabalho se propõe a discutir especificamente a atuação dos surdos na Biblioteca de Ciências Biomédicas, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, verificando a escolaridade, domínio de libras, tempo de serviço na biblioteca, funções desempenhadas, e suas observações particulares a cerca de sua atuação. Observou-se que estão integrados ao ambiente de trabalho e habituados à rotina da biblioteca. Por fim verificou-se que esses surdos gostam de trabalhar na biblioteca, afirmando potencial mobilizador de cidadania e promoção de saúde para eles, no sentido de se sentirem úteis e socialmente aceitos e construindo redes e que alguns deles possuem interesse em cursar uma faculdade de Biblioteconomia.