Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Um olhar sobre os usuários de medicamentos psicoativos acompanhados na Atenção Primária em Maringá – Paraná
Andréia Medeiros Pires Maruiti, Beatriz Caparros Yoneyama, Roberto Zonato Esteves, Simone Aparecida de Mello

Resumo


O processo de envelhecimento acarreta muitas vezes a utilização de substâncias psicoativas com o intuito de melhorar a qualidade de vida de pacientes acometidos por algumas patologias. O uso abusivo destas substâncias reflete nas condições físicas, mentais e sociais, principalmente dos idosos. Os profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), identificam rotineiramente novas demandas em saúde mental, o que faz com que surja a necessidade de organização da rede de atenção primária à saúde. Os problemas mentais e de comportamento e as doenças neurodegenerativas, envolvem a utilização de intervenções que implicam a utilização de estratégias para um atendimento qualificado a estes pacientes. As equipes da ESF dentre suas atividades, promovem reuniões com pacientes, atendendo-os em grupos programáticos de acordo com suas patologias ou fases da vida. Para melhor assistência à esta população, é necessário conhecer o perfil sócio-demográfico da mesma, segundo as diferentes realidades sociais para planejar mecanismos que possam promover educação em saúde e identificar o uso inadequado dos medicamentos pelos pacientes que frequentam estes grupos. Este estudo objetivou caracterizar os pacientes que participam regularmente dos “Grupos de Psicotrópicos”, para elaborar uma proposta de intervenção em saúde adequada a este grupo. Foi realizado um estudo descritivo, utilizando entrevistas realizadas com os usuários de medicamentos psicoativos que participam dos grupos educativos da ESF de uma unidade de saúde. Foram seguidos todos os procedimento éticos e a pesquisa foi autorizada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UEM sob o nº 317/2011. Resultados preliminares mostram que 77,8% são mulheres nas faixas etárias maiores de 45 anos, sendo 36,6% acima de 65 anos. Quanto à escolaridade, foi observado que o maior consumo de medicamentos psicoativos corresponde aos pacientes com ensino fundamental incompleto (34,3%), diminuindo com o aumento da escolaridade. Os aspectos encontrados neste trabalho, apontam a necessidade de direcionar ações e implementar políticas públicas de atendimento na atenção primária em saúde mental, especialmente para os pacientes idosos, minimizando riscos à saúde e melhorando a qualidade de vida dos mesmos.