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Neste projeto, busco refletir sobre a questão do enquadre terapêutico (ou setting) no trabalho psicoterápico, em especial nos dispositivos de Saúde Mental, a partir da experiência no núcleo infanto-juvenil (NIJ) no Instituto Philippe Pinel como estagiária de graduação. Muitas são as discussões acerca da importância do enquadre terapêutico; em que consiste, como se estabelece e quais suas questões práticas imprescindíveis para o bom funcionamento da análise. A partir da experiência com pacientes graves em dispositivos na Saúde Mental, no entanto, percebe-se uma necessidade de se flexibilizar o “enquadre clássico” a partir das construções clínicas do paciente. Proponho, neste trabalho, rever alguns conceitos acerca do tema, abrindo fendas para se pensar na questão do enquadre, nos dispositivos vigentes e em construção na rede de Saúde Mental, no contexto da Reforma Psiquiátrica.