Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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UTILIZAÇÃO DO PROTOCOLO DE ABORDAGEM SINDRÔMICA EM CONSULTAS DE ENFERMAGEM NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: OPORTUNIDADES E DIFICULDADES
Cristine Montovaneli Melo

Resumo


Introdução: Nos países em desenvolvimento, muitas unidades de saúde têm falta de equipamento e de pessoal com formação necessária para o diagnóstico etiológico das DSTs.O enfermeiro exerce um papel fundamental no controle das DST/AIDS, desenvolvendo atividades de promoção e prevenção, detectando situações de risco, promovendo educação em saúde, e contribuindo para o diagnóstico precoce, adesão e tratamento efetivo do paciente.Objetivos: Identificar as principais dificuldades encontradas pelos enfermeiros na utilização da Abordagem Sindrômica das DSTs nas consultas de enfermagem realizadas na Estratégia de Saúde da Família; Verificar quais dos enfermeiros que realizam a Abordagem Sindrômica das DSTs nas consultas receberam o treinamento para utilização deste protocolo e Discutir as oportunidades e as dificuldades que os enfermeiros que o utilizam sentem durante a realização da consulta. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, de abordagem descritivo-exploratória, que tem por eixo central a utilização do protocolo de Abordagem Sindrômica no manejo do portador de Doenças Sexualmente Transmissíveis, em consultas de enfermagem realizadas em uma Clínica da Família, da AP 3.1, do Município do Rio de Janeiro. Os sujeitos são 11 enfermeiros que realizam consulta de enfermagem na respectiva Clínica da Família, e foram entrevistados, com a utilização de um gravador, sendo após a transcrição dos dados, realizada análise temática. Resultados: Todos os enfermeiros entrevistados na respectiva Clínica da Saúde da Família utilizam o protocolo da abordagem sindrômica. Estes relatam a necessidade de capacitações, pois dizem ter insegurança na prescrição de medicamentos e a falta de subsídios providos pela Instituição, como medicamentos e materiais para realização de exames para diagnostico diferencial.Afirmam que o protocolo normatiza e da um respaldo legal nas ações do enfermeiro na consulta, porém apresentam diversas dúvidas em relação a sua autonomia na prescrição medicamentosa e discutem sobre a necessidade da criação de um protocolo interno para trabalhar com mais segurança em suas condutas.Conclusão: Este estudo possibilitou conhecer a atual realidade da atuação do enfermeiro no tratamento e diagnóstico das DSTs na atenção básica. Esta realidade mostra-nos os impasses na rotina dos enfermeiros na utilização do protocolo de abordagem sindrômica para o diagnóstico e tratamento dos usuários, com DSTs. É de fundamental importância a utilização do protocolo pelo enfermeiro, para o atendimento do usuário com DST. Também há a necessidade de insumos providos pela Unidade básica de saúde e capacitações, para os profissionais se sentirem mais seguros no atendimento ao usuário.