Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA DE CONSUMO HUMANO NO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ (SANTA CATARINA)
Marinez Amabile Antoniolli, Maria Assunta Busato, Carla Arruda Teo, Julhéli Rohrbeck Girardelo

Resumo


Introdução: A vigilância da qualidade da água de consumo humano se caracteriza como uma ação de vigilância em saúde pelo desenvolvimento de ações de promoção da saúde e prevenção de riscos e agravos relacionados à transmissão hídrica. O Ministério da Saúde implantou o Sistema de Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano (VIGIÁGUAS), que consiste no conjunto de ações adotadas continuamente pelas autoridades de saúde pública para garantir que a água consumida pela população atenda ao padrão e às normas estabelecidas na legislação brasileira vigente, avaliando os riscos que a água consumida representa para a saúde humana. Objetivo: Avaliar as condições sanitárias das águas de consumo humano em Chapecó (SC). Materiais e métodos: Este estudo se caracterizou por uma abordagem quantitativa, de caráter exploratório descritivo com delineamento transversal, e foi desenvolvido no município de Chapecó (SC). Foram analisados resultados de 1.925 amostras de água destinada ao consumo humano, analisadas no Laboratório Municipal de Análises Clínicas e Ambientais do Município de Chapecó no período de 2005 a 2009. Resultados: Aproximadamente 91% das amostras analisadas foram água tratada, e procedentes em sua maioria (82,33%) de sistemas de abastecimento coletivo. O percentual de amostras consideradas próprias para consumo humano no período estudado foi de aproximadamente 85%. Quando os dados foram agrupados por Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), foi possível identificar que o território de abrangência do NASF Norte apresentou o maior número de amostras de água impróprias para o consumo humano. Os parâmetros de qualidade microbiológica foram os principais interferentes sobre a potabilidade da água no município de Chapecó no ano de 2005 (84,62%) e 2009 (66,67%), marcados pela presença de coliformes totais e coliformes a 45°C. Nos demais anos estudados, os parâmetros físico-químicos foram os principais responsáveis pela rejeição da água destinada ao consumo humano, identificando-se o cloro o principal parâmetro químico interferente na qualidade da água. Conclusão: Evidenciou-se a necessidade das ações contínuas de vigilância para fiscalização da qualidade da água de consumo. Os resultados deste estudo subsidiarão a compreensão dos determinantes e condicionantes de saúde da população atendida pelas equipes de saúde da família, devendo ser analisados conjuntamente com a prevalência de doenças de transmissão hídrica.