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OBJETIVO: analisar o vínculo profissional dos trabalhadores na Estratégia de Saúde da Família (ESF), tomando como recorte um sistema municipal de saúde de um Estado do Brasil. MÉTODO: pesquisa de abordagem qualitativa, tendo como técnicas de coleta de dados: entrevista semi-estruturada e análise documental. A amostragem foi intencional, envolvendo 14 entrevistados, representados por 3 grupos: trabalhadores de saúde, dirigentes e informantes-chave. A definição do número de sujeitos obedeceu aos preceitos da saturação teórico-empírica. O método de análise dos dados foi à análise de conteúdo temática. RESULTADOS: evidenciam-se várias formas de vinculação do trabalhador no Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito municipal. A estratégia para a vinculação do trabalhador é o vínculo por Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que, apesar de ser considerado um atrativo, não garante a estabilidade dos trabalhadores em seus postos de trabalho. O vínculo entre o trabalhador e o usuário do SUS encontra-se fragilizado, em parte, pela rotatividade dos profissionais nas equipes e às dificuldades de fixá-los, principalmente nos pequenos municípios, aliados aos instrumentos normativos que busquem a valorização do trabalhador do sistema. CONCLUSÃO: a pesquisa pode propiciar olhares críticos em outras situações, já que esse é um problema enfrentado em grande parte dos municípios brasileiros e também encontrado em outros países em desenvolvimento.