Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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REVENDO O PAPEL DO INTRODUTÓRIO: PAUSA PARA A REFLEXÃO SOB A PERSPECTIVA DA AVALIAÇÃO DO ACS
Jaldeci Leite Silva

Resumo


A criação do SUS e a reorientação do modelo de AB, através da ESF, exigiram o desenvolvimento de políticas de qualificação profissional que atendessem ao novo modelo de atenção. Em 2000, uma das estratégias utilizadas pelo MS para esse fim foi o treinamento Introdutório para profissionais que iniciavam na ESF. Esse curso propunha uma formação inicial específica, que embasasse o trabalho através das diretrizes e conceitos norteadores da ESF. O principal objetivo do curso era discutir os princípios e diretrizes do SUS e do PSF, e instrumentalizar as equipes na organização inicial do seu processo de trabalho. Na cidade do RJ, na AP 1.0, o Introdutório é desenvolvido através de metodologia dialógica e problematizadora, articulada como território e com o saber trazido pelos profissionais. Destaca-se a participação dos ACS, que tem no curso a oportunidade de aproximação do universo da saúde coletiva, compreender seu papel profissional e enquanto membro da equipe, além de conceitos norteadores da sua prática no território. Objetivo: Refletir sobre o papel do curso Introdutório, a partir da análise de avaliações feitas por ACS que participaram do curso. Descrição da experiência: Entre 2010 e 2013 foram realizados 15 cursos, com 271 profissionais. Desses, 170 eram ACS. Ao término de cada curso o profissional fez uma avaliação livre, anônima, informando apenas a categoria profissional. As avaliações feitas pelos ACS são o objeto desse trabalho. A análise dos conteúdos gerou a elaboração de categorias, entre elas, O introdutório como espaço de troca e motivação pra o trabalho e o Introdutório como espaço de formação profissional. Resultados alcançados: O trabalho ainda não foi concluído. A leitura das avaliações aponta para a importância do curso ser desenvolvido a partir de abordagem problematizadora, favoreça a expressão e troca de ideias, a apreensão dos conceitos a partir da realidade dos participantes, sem esquecer aspectos teóricos relacionados ao processo de trabalho, que irão contribuir para a produção de saúde dentro dos princípios do SUS. Recomendações: A avaliação contribui fortemente para o aperfeiçoamento do trabalho. Contribui para a transformação das práticas, de modo a aprimorar os processos. A avaliação dos ACS contribuiu para a revisão dos conteúdos, da metodologia, da forma de atuação do facilitador, das dinâmicas utilizadas e para reforçar a importância do Introdutório na qualificação dos profissionais para a ESF.

Palavras-chave


Saúde da Família, Educação Permanente, Educação em Saúde, PSF

Referências


1. BRASIL, MS. Treinamento Introdutório/Milton Menezes da Costa Neto, org. Brasília: Ministério da Saúde; Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção Básica, 2000.

2. CECCIM, R.B. Educação Permanente em Saúde: desafio ambicioso e necessário Interface - Comunic, Saúde, Educ, v.9, n.16, p.161-77, set.2004/fev.2005.

3. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília. Ministério da Saúde, 2011.

4.FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 37.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008.