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O presente trabalho pretende relatar a experiência adquirida a partir da utilização da técnica de mapeamento, como instrumento de organização de um território e reconhecimento das necessidades de saúde. A utilização do instrumento em questão consiste em delimitar o território adstrito, e conhecer a situação de saúde, estrutura física e dinâmica sociocultural, para uma compreensão a cerca do processo saúde-doença. Descrição da experiência: A técnica de mapeamento foi empregada com o intuito de tornar possível a compreensão do diagnóstico de saúde da comunidade de Passarinho Alto, Recife, sendo esta objeto de estudo dos alunos do primeiro modulo do curso de enfermagem da Universidade de Pernambuco. À princípio foi realizado o reconhecimento da comunidade, para proporcionar uma melhor integração ensino-serviço, reduzindo o gargalo dicotômico entre teoria e prática. Considerando que a prática de mapeamento foi fundamentada pelo o que descreve Monken, torna-se importante a compreensão do território como processo inacabado, com influências econômicas, culturais, ideológicas e politicas inseridos em uma área geográfica, o que se relaciona intimamente com a saúde dos que ali residem. As ferramentas de suporte utilizadas para a capitação de informações pra o sucesso do mapeamento foram escolhidas de acordo com as necessidades encontradas no ambiente. A partir do reconhecimento visual os estudantes foram instigados a produzir mapas manuais com as suas percepções, posteriormente foi utilizada a ferramenta Google Maps como facilitador do processo. Com a ajuda do Google Maps foi possível delimitar microáreas e equipamentos sociais. Efeitos alcançados: As intervenções realizadas, fundamentadas na técnica e instrumentos expostos, nos levaram à práxis de reconhecer as reais deficiências e propor intervenções adequadas. Reconhecemos que o acesso aos serviços de saúde não se fazia equânime, diante desta percepção sugerimos uma redistribuição territorial, considerando que as pessoas residentes em áreas que até então eram descobertas de agente comunitário de saúde, apresentam uma maior vulnerabilidade a agravos a saúde. Recomendações: O conhecimento adquirido a partir da experiência nos forneceu propriedade de questionar e intervir nas situações onde a atenção a saúde se encontra reduzida e fragmentada, na ótica de territorialização dos serviços de saúde, enfatizando a necessidade e relevância de praticas de planejamento em saúde. Mariana Ferreira de Souza.

Mapas; Atenção Básica; Vulnerabilidade em Saúde.