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INTRODUÇÃO: O desafio contemporâneo do setor educacional é formar cidadãos competentes no encontro de soluções para as situações cotidianas. Constitui-se, como expõem Giovanella et al (2009), desafio permanente, portanto, o reforço de uma robusta articulação entre as instituições formadoras e o serviço. Surge, em 2005, por meio da Portaria Interministerial MS/MEC nº 2.101, o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional (Pró-Saúde), que tem como eixo central a integração ensino-serviço, com a consequente inserção dos estudantes no cenário real de práticas (BRASIL, 2007), com a proposta de ampliar a prática educacional para a rede de serviços básicos. OBJETIVO: Analisar a produção científica brasileira sobre a formação do enfermeiro para Atenção Básica, na base de dados Lilacs, entre os anos de 2005 e 2013. MÉTODO: Revisão bibliográfica da literatura, realizada com a questão norteadora: O que as produções científicas brasileiras vêm abordando sobre a formação do enfermeiro para a Atenção Básica? Adotou-se o recorte temporal de 2005 a 2013, de modo a englobar as diversas que foram incitadas com o propósito de ampliar a formação para a Atenção Básica na seleção dos artigos, bem como construir o cenário ampliado da formação do enfermeiro orientada pelas diretrizes do Pró-Saúde. A busca foi realizada com os descritores “Currículo” e “Educação em Enfermagem”, sendo identificados 173 artigos, e 24 selecionados. RESULTADOS: Verificou-se que os artigos apresentam descritores coerentes com seus respectivos objetos de análise, além de uma concentração das publicações em algumas regiões do País, o que pode reverberar de um sistema de pós-graduação também assimétrico. No recorte temporal, o ano de 2009 não apresentou publicação sobre a temática deste estudo de revisão. Com relação aos movimentos de mudança instigados pelas DCN e DCEnf, verifica-se que estas atuam como dispositivos para a reestruturação dos cursos de graduação em Enfermagem, na perspectiva da direcionalidade social imprimido a formação do enfermeiro, cabendo a proposta de novos currículos para a reorientação da formação crítica e reflexiva. CONCLUSÃO: Toda mudança traz a estranheza e incerteza do novo, mas a atuação compromissada dos diversos atores envolvidos na implantação do novo currículo possibilita um resultado mais efetivo, que se traduz na qualidade da formação profissional e, consequentemente, satisfação dos usuários do SUS por terem um sistema de saúde mais resolutivo.

Enfermagem. Currículo. Ensino Superior. Formação de Recursos Humanos