Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERCEPÇÃO DOS RESPONSÁVEIS SOBRE A ALIMENTAÇÃO DE CRIANÇAS MENORES DE 4 ANOS CRECHES PÚBLICAS - RJ
Fernanda da Motta Afonso, Valesca Barbosa Scofano, Erica Rodrigues Silva, Deborah Machado de Oliveira, Camila Costa Silva, Flavio Henrique Zoner Rocha, Maria da Penha Vido, Bianca Gouvea dos Santos, Carine Rodrigues dos Santos, Tailyne da Silva Morgado Menezes Biosca, Raiane Silva da Penha, Maria Elisa Barros, Haydée Serrão Lanzillotti, Luciana de Azevedo Maldonado, Jeanne Carvalho Aveiro, Luciane Bragança

Resumo


O processo de transição nutricional vivenciado no país nas últimas décadas evidenciou aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade infantil que coexistem com o aumento da prevalência da anemia ferropriva e hipovitaminose A. Desde 2012 é realizado trabalho de vigilância alimentar e nutricional em todas as creches e escolas públicas do município do Rio de Janeiro referente à 3ª CRE/CAP 3.2/RJ pelas equipes de saúde da Família apoiadas pela equipe de Nutrição do NASF/AP 3.2. As avaliações antropométricas realizadas, em 2012, em 1800 crianças menores de 4 anos pertencentes das creches da 3ª CRE/RJ encontrou-se 35,54% de sobrepeso, de acordo com os indicadores peso/idade, peso/estatura, estatura/idade e IMC/idade, segundo a OMS, 2006. As creches oferecem 4 refeições durante a semana às crianças e o restante fica sob a responsabilidade das famílias. Conhecer os hábitos alimentares das crianças e suas respectivas famílias torna-se mister para diminuir o sobrepeso das crianças da nossa área. Identificar as diferenças entre a alimentação fornecida nas creches da 3ªCRE/CAP 3.2 e nos domicílios das crianças matriculadas, a partir da percepção dos responsáveis. Foram realizados, com os responsáveis pela alimentação domiciliar das crianças, cinco grupos focais, 1 em cada creche com o intuito de conhecer os hábitos alimentares das crianças fora do ambiente institucionalizado. A amostra foi composta de 46 responsáveis, divididos em 7, 10, 11, 12 e 6 integrantes, sendo 41 mulheres e 5 homens, faixa etária entre 19 e 66 anos e a maioria com ensino fundamental. A análise das falas dos participantes, após serem transcritas e codificadas foi pautada na análise de conteúdo segundo Bardin. As questões disparadoras, dirigidas aos grupos focais, permitiram identificar nas transcrições a categoria “Diferenças entre a alimentação da creche e da casa”. A partir desta categoria flagrou-se categorias subjacentes: “confiança na qualidade nutricional da refeição oferecida na creche”; “segurança alimentar segundo as boas práticas de manipulação dos alimentos”; “confiança no trabalho das creches”; “técnica dietética diferenciada das preparações”; “horário regular das refeições”; “alimentação saborosa”; “sentimento de competição por parte das mães na elaboração das preparações alimentares das creches” e “comensalidade”.  Concluiu-se que, sob a ótica dos responsáveis, a alimentação oferecida nas creches públicas do município do Rio de Janeiro é mais adequada do que a oferecida em casa.

Palavras-chave


alimentação; grupos focais; pré-escolar

Referências


Who Child Growth Standards.  Length/height-for-age, weight-for-age, weight-for-length, weight-for-height and body mass index-for-age:Methods and development. Department of Nutrition for Health and Development: World Health Organization, 2006. Disponível em: < http://www.who.int/childgrowth/standards/Technical_report.pdf.> Acesso em: 30 nov.2012.