Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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DESVELANDO O SENTIDO DO VIVIDO DO IDOSO LONGEVO NO GRUPO DE CONVIVÊNCIA
Luana Araújo dos Reis, Tânia Maria de Oliva Menezes, Regina Lúcia Mendonça Lopes, Ana Luíza Barreto de Oliveira, Iris Soeiro de Jesus Limeira, Mavy Batista Dourado

Resumo


A participação de idosos em grupos de convivência tem sido foco de estudo, no entanto, no segmento longevo ainda não há destaque. Em geral, eles são os que se encontram com certa dependência física ou social, o que dificulta a sua participação nesses espaços. Estudo objetivou desvelar os sentidos do vivido do idoso longevo no grupo de convivência. Trata-se de uma pesquisa de abordagem fenomenológica heideggeriana, realizada em um Centro Social Urbano localizado na cidade de Salvador, Bahia, Brasil, com idosos 16 idosos. A coleta dos depoimentos se deu através da entrevista fenomenológica. A análise compreensiva foi ancorada em conceitos heideggerianos. Os sujeitos deste estudo foram 13 (81,25%) mulheres e três homens (18,75%), com idade compreendida entre 80 e 90 anos, com escolaridade que variou do ensino fundamental I ao ensino médio, rendimento variando entre um e dois salários mínimos e, quanto ao estado civil, 11 (68,75%) eram viúvos, quatro (25%) casados e um (6,25%) solteiro. Todos os idosos eram autônomos e independentes. Após a descrição do fenômeno vivenciado pelos idosos de 80 anos ou mais sobre o significado do grupo de convivência, emergiu como unidade de significado: O sentido temporal da cotidianidade do grupo de convivência para o idoso longevo; e como unidades de significação: 1. Significado do grupo de convivência no existir da pessoa idosa longeva; 2. Experienciando o grupo de convivência como alternativa de lazer. O estudo possibilitou adentrar no cotidiano da pessoa idosa em um grupo de convivência, o qual se mostrou como um importante espaço de distração, de realização de atividades físicas e de lazer e de oportunidade de relacionamento e interação social, se constituindo em ferramenta importante na promoção, manutenção e prevenção da saúde destes indivíduos, desencadeando tanto na pessoa idosa quanto na sociedade, uma mudança no comportamento, diante do estigma que existe na relação da sociedade para com a pessoa idosa, fazendo com que o grupo de convivência seja utilizado no fortalecimento do papel social deste segmento populacional. Neste contexto, a enfermagem encontra-se como instrumento mediador destes benefícios, pois permite, enquanto profissão, a oportunidade de estar presente neste espaço e promover diversas atividades, com destaque para a educação em saúde. .

Palavras-chave


Idoso longevo. Grupo de Convivência. Vivido. Enfermagem.