Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
CORPO E ARTE NA FORMACAO PARA O TRABALHO EM GRUPO E COM GRUPOS
Viviane Maximino, Flavia Liberman

Resumo


Caracterização do problema: Profissionais, no exercício cotidiano do trabalho, sentem necessidade de espaços de formação que os capacitem para os desafios da prática. As teorias e técnicas aprendidas nos cursos de graduação parecem não responder a estes desafios de maneira satisfatória: “a teoria, na pratica, é outra”... Descrição da experiência: A partir da demanda de profissionais, docentes universitários e alunos de graduação, formulou-se um Laboratório de Formação para o Trabalho em Grupo e com Grupos, com carga horária de 20hs intensivas, isto é, um período noturno e dois dias inteiros. A metodologia de trabalho baseou-se em práticas corporais, artísticas e o desenvolvimento de um projeto, seguidos de analise do processo grupal. Foram usados jogos corporais e dança, projeção de vídeos, jogos teatrais, entre outros. As reflexões coletivas incluíam a apresentação de conceitos e referências teóricas a partir do vivido pelos participantes no decorrer da experiência assim como trazido de sua experiência diária. O marco metodológico utilizado foi a aprendizagem inventiva (KASTRUP, 2010) e a ênfase no trabalho formativo que prioriza o desenvolvimento da sensibilidade e da observação, do conhecimento de si e do mundo e na capacidade de formular perguntas com liberdade, permitindo-se experimentar. Efeitos alcançados: as praticas corporais e artísticas ampliam a sensibilidade e a consciência a respeito dos padrões instituídos que estavam internalizados e que apresentavam-se como restritivos a invenção e a inovação nas praticas profissionais, causando cansaço, inibição, repetição e estereotipias. Ênfase foi dada ao desenvolvimento de habilidades pessoais-profissionais e a importância das trocas em grupo para o aprendizado. Os conceitos e referenciais teóricos, quando são formulados a partir do vivido, associam-se a experiência sensível e podem ser aprendidos como conhecimento. Recomenda-se: Formação dos coordenadores do laboratório para o uso de praticas corporais e artísticas, assim como com dinâmicas e analise de processos grupais, que a coordenação do laboratório seja feita por dois profissionais, que o grupo tenha até 30 participantes, que o espaço físico seja adequado para as práticas propostas e que haja recursos tecnológicos tais como: multimídia, máquinas fotográficas, etc, disponíveis para os participantes.

Palavras-chave


educação continuada; corpo; arte

Referências


Kastrup, V. Experiencia estetica para uma aprendizagem inventiva: notas sobre acessibilidade de pessoas cegas a museus. Informatica na educacao: teoria e pratica, Porto Alegre, v. 13, n.2, p. 38-45, jul./dez., 2010.