Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTROLE DA TUBERCULOSE, CRATO/CE
Tânia Maria Ribeiro Monteiro de Figueiredo, Mayrla Lima Pinto, Maryana Lima Pinto, Talina Carla da Silva, Thiara Batista Freire

Resumo


Introdução: A tuberculose (TB) permanece como problema de saúde pública mundial e acompanha a humanidade há séculos. A Organização Mundial da Saúde reconheceu que a persistência da doença era resultado da má administração dos programas de controle, negligência governamental, desigualdades sociais, crescimento populacional e migrações. Objetivos: Avaliar as ações de controle da tuberculose no município do Crato/CE, utilizando os indicadores de impacto propostos pelo Ministério da Saúde. Método: Estudo transversal, epidemiológico, de avaliação de serviços de saúde, com abordagem quantitativa, realizado no município do Crato, Estado do Ceará. A população do estudo foram os casos de TB, notificados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação e os óbitos por TB registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade, no período de 2006 a 2011. A coleta dos dados aconteceu no mês de fevereiro de 2013. Para análise dos dados, utilizou-se o software EPI info versão 7, onde foram calculados os indicadores de impacto das ações de controle da TB: Taxa de Incidência, Taxa de Incidência de TB Pulmonar Bacilífera e Taxa de Mortalidade por TB2 Resultados: Foram notificados 208 casos novos no período estudado, com taxa de incidência de 29,4/100.000 habitantes. Ao avaliar a série temporal, observa-se que este indicador apresentou tendência crescente entre 2006 (32,2/100.000 hab.) e 2007 (35,1/100.000 hab.), decrescendo significativamente nos anos de 2008 (21,6/100.000 hab.) e 2009 (21,4/100.000 hab.) voltando a subir nos anos subsequentes para valores acima de 30,0/100.000 habitantes. A taxa de incidência em bacilíferos no período foi de 19,1/100.000 habitantes, os anos em destaque foram 2008, com menor valor (12,4/100.000 hab.) e 2010 (26,4/100.000 hab.) a maior entre os anos. A taxa de mortalidade por TB dos seis anos foi de 1,7/100 mil habitantes com evidência para 2006 (2,6/100.000 hab.) e 2008 (3,5/100.000 hab.) a partir de 2009 o indicador decresceu e voltou a subir em 2011 (1,6/100.000 hab.). Conclusão: Foi possível identificar as fragilidades do serviço de saúde em apontar os casos novos nos anos de 2008 e 2009, em que os dados sugerem subnotificação, uma vez que nos anos seguintes a incidência voltou a subir significativamente. A taxa de mortalidade por TB no município, mesmo inferior a nacional (2,6/100.000 hab.) deve ser avaliada continuamente, pois reflete a efetividade de medidas de controle, prevenção e qualidade da assistência médica prestada.

Palavras-chave


Tuberculose; Avaliação em Saúde; Saúde Pública

Referências


  1. World Health Organization (WHO). Global Tuberculosis Report [Internet]. Geneva; 2012.
  2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília; 2011.