Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O ENSINO SEMIPRESENCIAL EM SAÚDE COLETIVA: PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES
Felipe Lima dos Santos, Bruna Alessandra Saldanha Facinni, Maria Jacirema Ferreira Gonçalves

Resumo


Descrição da experiência: Este é um relato de experiência, na visão dos estudantes de graduação em enfermagem, da modalidade de ensino semipresencial da disciplina Saúde Coletiva I. Os professores que ministraram a disciplina realizaram aulas teóricas expositivas presenciais e realizaram acompanhamento semipresencial por meio da plataforma Moodle. Caracterização do problema: Os acadêmicos foram orientados, inicialmente, sobre o funcionamento da disciplina, programa, cronograma, manuseio e ferramentas da plataforma. Ao final, foi aplicado questionário de avaliação aos estudantes, com questões relacionadas à atuação dos professores, conteúdo da própria disciplina e auto-avaliação dos estudantes, incluindo a dedicação ao estudo semipresencial. Os resultados mostram que essa modalidade de processo de ensino-aprendizagem apresentou boa aceitação pelos estudantes. Efeitos alcançados: Cerca de 55% dos alunos sentiram-se independentes e confortáveis para estudar os conteúdos propostos, os materiais com os conteúdos eram facilmente disponibilizados na plataforma e por vezes mais atuais que aqueles encontrados em livros. As noções sobre o SUS como acadêmico e futuro profissional da área de saúde foi positivo. As participações nos fóruns avaliativos das unidades obtiveram em torno de 67% de aprovação, porém a interação com os professores foi vista como fraca (cerca de 64%), visto que o método semipresencial criou uma lacuna na comunicação entre professor e aluno, havia demora nas respostas ou divergência entre explicações dadas por cada professor acerca do modo de fazer as atividades. Os chats online não trouxeram benefícios para o aprendizado pela dificuldade de conexão com a internet. O uso obrigatório da plataforma foi visto como negativo, pois os estudantes que não têm afinidade com o ensino semipresencial não tiveram opção de outro tipo de ensino. As críticas, sobretudo quanto aos problemas técnicos da plataforma que se tornava lenta quando acessada por muitos alunos, a dificuldade de contato com os professores e o acesso à internet por parte de alguns alunos, não interromperam os estudos, mas desestimularam. Recomendações: As aulas presenciais, de modo expositivo ainda são as preferidas pelos alunos. Há um potencial no método semipresencial, porém o suporte tecnológico não é suficiente. As mudanças devem ser tanto por parte dos acadêmicos quanto dos professores, a fim de termos o melhor aproveitamento possível.

Palavras-chave


Saúde Coletiva; Educação a distância; Avaliação de disciplina semipresencial