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O câncer de pele encontra-se em alta incidência no Brasil. Estudos mostram que a estimativa para o biênio de 2012/2013 é de 518.510 novos casos, 4% serão do tipo melanoma, que é a forma mais grave da doença devido sua alta capacidade de metástase e alto índice de mortalidade. São fatores de risco para o câncer de pele; a radiação ultravioleta sendo esta a principal, fatores genéticos, história familiar e pregressa da doença, tabagismo, exposição e a fatores físicos. O estado do Espírito Santo foi colonizado por imigrantes europeus, que possuem pele clara e frequentemente exposta ao sol devido ao trabalho rural, contribuindo para um histórico de lesões e agravos de pele até os dias de hoje. Com o objetivo de atender à população descendente destes imigrantes, foi criado em 2002 o Programa Dermatológico “Salve sua Pele”, cenário do nosso estudo, que atua em conjunto com hospitais e igrejas, com foco no rastreamento, detecção do câncer de pele e atendimento clínico. A assistência prestada pelo programa é de grande importância não somente para a população caucasiana, mas para todos os que estão expostos aos fatores de risco do câncer de pele, contribuindo com a atenção básica de saúde. O estudo objetivou traçar o perfil dos pacientes atendidos pelo programa dermatológico, e identificar os conhecimentos, atitudes e práticas destes em relação ao câncer de pele. Utilizamos, o método de Inquérito CAP (conhecimentos, atitudes e práticas), que é um tipo de estudo que visa avaliar o que uma determinada população sabe, pensa, e a forma como atua perante um determinado problema, e permite ao profissional criar caminhos para intervenções (MOÇAMBIQUE, 2010). Depois de aplicar o instrumento de coleta de dados aprovado pelo Comitê de Ética, procuramos identificar o perfil e avaliar os conhecimentos, atitudes e práticas dos usuários, por meio de gráficos comparativos. Após a análise dos resultados, percebemos que prevaleceram os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. O conhecimento sobre câncer de pele é obtido de forma inadequada, priorizando as informações da mídia, onde o ideal seria que estas informações fossem obtidas pelo serviço de saúde. Quanto às atitudes por eles empregadas, observamos que a maioria considera a doença como gravíssima e buscam informações sobre o assunto. Já em relação às práticas a maioria afirma utilizar de artifícios físicos e químicos como meio de proteção. Quanto ao Programa Dermatológico obtivemos resultado positivo sobre os serviços prestados, sendo avaliado como bom. Isso indica que é necessário que haja uma abordagem contínua da população, visando sempre informar sobre os fatores de risco e as características do câncer de pele. Uma opção de trabalho em educação em saúde seria o modelo “Sala de Espera, gerando um momento de criação de vínculo da enfermagem e conhecimento das necessidades do paciente sendo este um excelente instrumento de trabalho.

Enfermagem;Câncer;Dermatológico;Prevenção