Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
AVALIAÇÃO DOS APENADOS ACERCA DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE EM PENITENCIÁRIAS NA PARAÍBA
Suely Deysny de Matos Celino, Mayara Lima Barbosa, Gabriela Maria Cavalcanti Costa

Resumo


Introdução: As unidades prisionais se caracterizam por locais insalubres, tendo em vista a superlotação e estrutura física inadequadas, que fomentam o surgimento de agravos à saúde. Diante desse quadro e reconhecendo que o acesso da população a ações e serviços de saúde, é direito de todos os cidadãos, o Estado brasileiro elaborou o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário – PNSSP, com o objetivo de organizar os sistemas de saúde, a fim de garantir a inclusão da população penitenciária no SUS, a partir da realização das ações e os serviços de atenção primária em saúde, organizada nas unidades prisionais e realizada por equipes interdisciplinares de saúde. Objetivo: Compreender a avaliação dos apenados sobre a assistência prestada nas unidades de saúde das penitenciárias. Metodologia: Estudo de abordagem qualitativa, realizado entre os meses de julho/2011 a abril/2012, com 53 apenados das seis penitenciárias do estado da Paraíba que possuem unidades de saúde integradas, a partir de entrevista semi-estruturada. A análise de dados se deu por análise de conteúdo Resultados: Emergiram as seguintes categorias: serviços de saúde prestados; estrutura física das unidades de saúde; agendamento de consultas; alimentação; atendimento fora da unidade prisional. Os apenados apresentaram uma avaliação positiva da assistência à saúde, embora necessite ainda de alguns ajustes. A disponibilidade de profissionais de saúde e medicamentos, além da cordialidade desses profissionais no atendimento se mostraram aspectos positivos na avaliação realizada. No referente à estrutura física das unidades de saúde, houve divergência na avaliação dos sujeitos, pois apesar de adequada e em boas condições em alguns presídios, foi relatado o desconforto em outras, inclusive a falta de cadeiras e macas. Por fim, encontrou-se ainda falas de apenados cujas unidades prisionais não oferecem alimentação adequada para a manutenção da saúde e agendamento de consultas na unidade suficientes, gerando insatisfação dos apenados em alguns presídios. Considerações finais: Prestar assistência à saúde em penitenciárias em nosso país não é tarefa fácil, mas é preciso garantir a esse grupo, o mesmo direito à saúde estabelecido na Constituição a toda a população.

Palavras-chave


Avaliação dos Serviços de Saúde; Prisões; Apenados