Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE O ATENDIMENTO AUDIOLÓGICO NA UNIDADE DE SAÚDE MARIA DE LOURDES RIBEIRO JEREISSATI
Mi­rian Barroso de Albuquerque, Francisca Magnólia Diógenes Holanda Bezerra, Christina Cesar Praça Brasil, Joyce Monte Silva Coelho, Raimunda Magalhães da Silva

Resumo


A perda auditiva na infância é um grave problema de saúde pública que interfere na integração social, no desenvolvimento da linguagem e na escolarização. Não sendo evidente nos primeiros meses de vida, pode vir a ser diagnosticada tardiamente. Diante disso, foram implantados programas voltados à atenção neonatal para diagnóstico e acompanhamento audiológico, assim como de intervenção clínico terapêutica. O objetivo deste trabalho foi avaliar o atendimento audiológico realizado em uma unidade de saúde. Trabalho quantitativo, transversal e descritivo, desenvolvido na UAPS Maria de Lourdes Ribeiro Jereissati, localizada na cidade de Fortaleza, Ceará, de agosto a novembro de 2012. No setor de fonoaudiologia desta unidade, são realizados os exames de audiometria, imitanciometria, Teste do Reflexo Cócleo-Palpebral (RCP) e Teste da Orelhinha. Os atendimentos foram realizados por duas turmas da disciplina de Estágio Supervisionado em Audiologia Clínica I do Curso de Fonoaudiologia da Universidade de Fortaleza e pela fonoaudióloga do NASF durante 7 horas semanais. A amostra constitui-se de 221 testes de Emissões Otoacústicas realizados com crianças de 0 a 3 meses e 7 avaliações audiológicas de crianças acima de 5 anos de idade, de ambos os gêneros. Sobre as emissões otoacústicas, 11,6% das vagas disponibilizadas foram perdidas e 88,4% aproveitadas. Das 221 crianças que realizaram emissões otoacústicas, 5 (2,2%) foram para reteste. Destas, 2(0,9%) passaram e as outras 3 (1,3%) necessitaram de retestagem. Outras 12 (5,4%) ficaram em monitoramento. Em relação às avaliações audiológicas, 72% das vagas disponibilizadas foram perdidas e 28% aproveitadas. Das 7 avaliações realizadas, 1 (14,2%) foi normal e 6 (85,8%) alteradas. Nesta pesquisa, houve um índice de 2,2% de reteste, coincidindo o resultado de vários estudos. De acordo com Marques (2008), 7,8% dos bebês testados depois de 7 horas após o primeiro banho não passaram no teste inicial e 92,2% passaram. Destes, 100% passaram no reteste. Nesta pesquisa o bebê mais novo tinha 12 dias de nascido e o resultado de reteste coincidem os achados da literatura. Neste estudo, 100% dos pacientes retestados passaram. Concluiu-se que todas as crianças que realizaram as emissões otoacústicas passaram no teste, não houve crianças encaminhadas para testes complementares, todas as crianças que realizaram o reteste passaram nas emissões otoacústicas e RCP e o aproveitamento de vagas de avaliação audiológica foi insatisfatório.

Palavras-chave


saúde; saúde da criança; saúde pública