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O processo ensino aprendizagem tem passado por diversos obstáculos e na perspectiva de atender as demandas das crianças em início da vida escolar, verifica-se a dificuldade de algumas destas em construir o processo da alfabetização por diversos motivos os quais envolvem saúde, educação, questões socioeconômicas, dentre outras. Para tanto, construiu-se o projeto Saúde em Roda, uma parceria entre uma escola da Baixada Fluminense e uma Equipe de Saúde da Família do mesmo território. Foi selecionada uma turma de educação infantil composta por 20 alunos com idades entre 5 e 6 anos, a fim de se preparar este grupo para o 1º ano do ensino fundamental. O critério de escolha foi a especificidade do processo de construção da leitura e escrita que as crianças do último ano da educação infantil e do primeiro ano do ciclo começam a experimentar. Realizou-se pesquisa através de questionário semiestruturado buscando dados referentes ao seu histórico desde a gestação até a presente faixa etária. Como proposta, serão discutidos os problemas de saúde e educação que estas apresentam e o debate acontecerá envolvendo três grupos: família, profissionais de educação e profissionais de saúde. O projeto trabalhará assuntos propostos pelo grupo de responsáveis e pelo discurso dos alunos em sala de aula através de rodas de debates. Na primeira experiência, foi apresentado o questionário aos pais. Neste momento apenas 12 responsáveis participaram. Com a análise do questionário obteve-se o seguinte resultado: 11 mães tiveram a gestação completa; 8 crianças nasceram de parto normal; 11 foram amamentadas ao seio materno; 7 apresentam alterações no sono; 8 vão ao pediatra regularmente; 3 são acompanhadas por outras especialidades que não a pediatria; todas estão com a vacina em dia; todos os responsáveis consideram a vacinação importante para evitar doenças. Observou-se predomínio de nascimento por parto normal, mais de 50% das crianças apresentam dificuldades no sono, existe uma demanda de avaliação médica de outros especialistas, no entanto estas se encontram desassistidas. Conclui-se que as ações voltadas para criança na fase escolar necessitam de atuação profissional de maneira intersetorial para que o seu sucesso e desenvolvimento possam ser de melhor qualidade através de ações de orientação e debate problematizando as situações enfrentadas pelas famílias, por meio da educação e da Estratégia Saúde da Família como grupos estratégicos de atuação no cenário escolar e territorial.