Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL RECEBIDA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA NA PERCEPÇÃO DE PUÉRPERAS
Paula Medeiros Machado Carrion, Escolástica Rejane Ferreira Moura, Léa Dias Pimentel Gomes Vasconcelos, Paula Sacha Frota Nogueira, Raquel de Serpa Torres Martins, Alline Falconiere de Moura

Resumo


Introdução: Para realizar uma atenção humanizada e qualificada em pré-natal, é necessário ao profissional da Estratégia Saúde da Família (ESF) compreender que cada gestante é singular. Sendo assim, é essencial entender como a assistência ao pré-natal é percebida pelas usuárias e em quais aspectos esta ainda tem falhado. Objetivo: identificar o perfil demográfico, socioeconômico e obstétrico de puérperas que realizaram o pré-natal na ESF; descrever suas percepções quanto à importância da assistência pré-natal e quanto aos cuidados recebidos pela ESF em sua última gestação. Método: Estudo descritivo e exploratório, com abordagem qualitativa, desenvolvido com 10 puérperas internadas no alojamento conjunto da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, no período de fevereiro a novembro de 2013. A coleta foi realizada através de entrevista semi-estruturada, utilizando-se um roteiro específico, o qual continha perguntas objetivas e subjetivas. Estas foram gravadas em dispositivo de voz. Os dados quantitativos foram organizados em tabelas e receberam tratamento estatístico descritivo. As informações ou dados qualitativos foram categorizados e analisados com base na Técnica de Análise de Conteúdo de Bardin, com posterior comparação com a literatura pertinente. Resultados: A idade das puérperas variou dos 16 aos 39 anos, a maioria convivia com seus parceiros, trabalhava, possuía renda per capita entre ¼ até ½ salário mínimo, escolaridade variando entre nove e 15 anos de estudos e grau de paridade de no máximo três partos. As percepções quanto à assistência pré-natal oferecida pela ESF em sua última gestação foram categorizadas, quanto aos aspectos positivos, em “orientações individuais e em grupo”, “realização de exames” e “relacionamento com os profissionais”, e quanto aos aspectos negativos em “consultas tecnicistas” e “espera para o atendimento”. Conclusão: As percepções descritas revelam a necessidade de mudanças na assistência pré-natal na ESF, no que tange a um cuidado mais integral e que tenha como objetivo atender às necessidades específicas de cada gestante e sua família, respeitando e ouvindo suas opiniões e implementando um plano de acompanhamento individual.

Palavras-chave


Pré-Natal; Enfermagem; Percepção; Pós-Parto; Programa Saúde Da Família.