Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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SÍFILIS CONGÊNITA NUMA REGIÃO DE SAÚDE DO CEARÁ: AINDA UM DESAFIO PARA A GESTÃO
Simone Dantas Soares, Mariluce Dantas Soares, Sanndro Viana

Resumo


A sífilis congênita, indicador da qualidade da atenção à mulher e à criança, ainda é considerada um importante problema de saúde pública, apesar de se tratar de doença de fácil diagnóstico e de ser totalmente evitável quando o tratamento da gestante e de seu parceiro é realizado adequadamente. O presente trabalho objetivou avaliar o perfil epidemiológico das gestantes cujos recém-nascidos tiveram sífilis congênita, na 3ª Região de Saúde do Estado do Ceará – Maracanaú, de 2007 a 2012. Trata-se de estudo documental, realizado a partir do banco de dados disponível no Sistema Nacional de Agravos de Notificação-SINAN. Foram notificados 162 casos de sífilis congênita, demonstrando uma série histórica ascendente. A maioria das gestantes realizou pré-natal (134; 82,7%), possuía de 20 a 34 (113; 69,7%) anos, o tratamento inadequado das gestantes (75; 46,3%) e a falta de tratamento dos parceiros (90; 55,5%), mostraram-se como realidade. A incidência de sífilis congênita é um indicador da qualidade da assistência pré-natal. Logo, seu aumento nos últimos anos ressalta a necessidade de ações voltadas para seu controle. Reconheceu-se a necessária e urgente priorização da sífilis na gravidez, envolvendo áreas técnicas como atenção básica, saúde da mulher, saúde da criança e controle de doenças sexualmente transmissíveis, em todas as esferas de governo. Emerge como questão relevante no encaminhamento do problema a formação de profissionais de saúde e a mobilização da sociedade na perspectiva do controle. É ainda necessário inserir o tema e formas de enfrentamento na agenda de gestão. A eliminação da sífilis congênita requer insumos de baixo custo, bem como ações sustentáveis em longo prazo.

Palavras-chave


Sífilis congênita; Cuidado pré-natal; Vigilância epidemiológica