Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
ESTRATÉGIAS UTILIZADAS NO ACOMPANHAMENTO DAS ATIVIDADES DAS SALAS DE VACINA NA AP 4.0 DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Nathaly Pereira Dutra, Ana Maria da Silva, Camila Cabral Ponte

Resumo


A Área de Planejamento 4.0 (AP 4.0) é formada por 19 bairros, distribuídos em três regiões administrativas (XVI, XXIV e XXIV RAs), onde para fins de cobertura vacinal oficialmente são consideradas apenas as populações de duas RAs, XVI e XXIV, representando 24% da extensão territorial do município. De acordo com o CENSO 2010, abriga 14% da população carioca, totalizando 909.368 habitantes. Na última década, o crescimento populacional foi de aproximadamente 30% entre os dados do CENSO 2000-2010, tornando a AP a segunda mais populosa do município. O programa de imunização na AP 4.0 conta com 15 salas de vacina, 02 delas instaladas em unidades hospitalares e 13 salas em unidades básicas de saúde (06 em unidades de “perfil A” e 07 em unidades de “perfil B e C”). Com o objetivo de avaliar a situação vacinal local e definir ou redefinir ações de vacinação, buscando alcançar a cobertura pactuada, foram definidas estratégias de supervisão e acompanhamento das atividades nas salas de vacina, tais como visitas supervisionadas, avaliação dos registros, avaliação das cadernetas, manipulação, administração, armazenamento e conservação dos imunobiológicos. A proposta foi elaborada a partir da análise e acompanhamento dos dados apresentados no sistema de Avaliação do Programa de Imunizações, informados mensalmente pelos Serviços de Vigilância em Saúde da área, responsáveis pela consolidação e envio das informações, bem como a partir das atividades desenvolvidas no monitoramento rápido de cobertura (MRC) realizado, caracterizando alguns limitadores e facilitadores do processo de trabalho de imunização na AP. A experiência destas atividades despertou questionamentos quanto à rotina de trabalho das salas de vacina, destacando a dificuldade na avaliação de cadernetas, a capacitação dos profissionais envolvidos, principalmente no que diz respeito às atualizações dos esquemas vacinais e imunobiológicos, bem como o restrito recurso humano e o acúmulo de demandas, entre outras diversas questões que dificultam a rotina de trabalho. As visitas técnicas e a discussão com as unidades sobre as questões identificadas motivaram a intensificação das capacitações e a atenção às atualizações das informações técnicas referentes aos esquemas vacinais e aos imunobiológicos disponíveis na rede, demonstrando, portanto que as ações não representam um pacote de decisões e sim um movimento entre os atores do processo de trabalho de co-responsabilidade e setorização dos problemas identificados.