Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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AS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE ALTAMIRA/PA
Lagerson Mauad Freitas

Resumo


Estudos no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) podem contribuir para a superação de barreiras, tais como o déficit de profissionais que trabalham nas ações primárias em saúde. A expansão da Estratégia Saúde da Família coloca em destaque o Agente Comunitário em Saúde (ACS) na condição de importante ator social na viabilização do sistema de saúde. Os objetivos desta pesquisa foram analisar as práticas de educação em saúde desenvolvidas pelo ACS nas equipes da Estratégia Saúde da Família, no município de Altamira/PA e identificar, identificar as necessidades de formação do ACS, mapear as práticas educativas desenvolvidas na comunidade e identificar as facilidades/dificuldades para desenvolver as ações educativas. Metodologia: estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa. Para a coleta de dados foi utilizado questionário semi-estruturado aplicado a 63 ACS do município de Altamira/Pará; os dados foram analisados por análise de conteúdo – tipo temático. A análise focalizou perfil socioeconômico, atribuições legais, formação do ACS e práticas educativas desenvolvidas na comunidade. Resultados: O perfil socioeconômico dos ACS evidenciou a proximidade com o público-alvo atendido. Os agentes atendem a maioria das atribuições legais previstas para seu trabalho na comunidade. As demandas de formação referem-se a conhecimentos específicos sobre álcool e drogas e vigilância em saúde, procedimentos técnicos de saúde, comunicação, relacionamento interpessoal, ética e identidade do ACS. As ações educativas na comunidade compreendem palestras e visitas domiciliares. Os ACS tem consciência da importância de seu papel no atendimento das necessidades da população. Porem citam amplo leque de dificuldades para o desenvolvimento dessas ações como: déficit na gestão/política, perfil inadequado da equipe de saúde, escassa interface com a comunidade e falta de parceria entre a secretaria de saúde e a universidade. Como facilidades expuseram: apoio dos gestores, efetiva interação com a comunidade, e boa relação entre os profissionais da equipe. Conclusões: Observa-se a importância da normatização do processo de formação do ACS para o desenvolvimento de ações educativas dialógicas, valorização do papel de elo do ACS entre a comunidade e a equipe de saúde. A luta política empreendida pelos ACS na conquista do direito à qualificação e ao caráter de sua inserção laboral deve ser compreendida no contexto das políticas voltadas às populações carenciadas no Brasil.

Palavras-chave


: Educação; Saúde; Agente Comunitário em Saúde; Práticas Educativas.

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