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ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR EM CRIANÇAS DE SEIS MESES A DOIS ANOS DE IDADE: PROCESSO DE SELEÇÃO E OFERTA DOS ALIMENTOS POR MÃES ADOLESCENTES
Resumo
Introdução: A infância se constitui em uma fase na qual a alimentação tem um papel fundamental, não só pela composição dos nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento, mas também por ser uma fase em que ocorre a educação dos hábitos alimentares. Essa educação é decorrente da cultura e conhecimento dos pais acerca dos alimentos, de informações fornecidas pelos profissionais de saúde, como também da mídia, através da veiculação de propagandas alimentares, onde haverá uma construção dos hábitos alimentares da criança, contribuindo de forma adequada para seu crescimento, desenvolvimento e imunização. Objetivo: Identificar os fatores que influenciam a figura materna adolescente na seleção e implementação da alimentação complementar em crianças de seis meses a dois anos de idade. Método: Estudo exploratório-descritivo realizado em uma Estratégia Saúde da Família (ESF) no município de Juazeiro do Norte, Ceará. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas semi-estruturadas, tendo como técnica de organização dos dados a Análise de Conteúdo de Bardin. Resultados: Participaram do estudo nove mães de crianças com a faixa etária entre seis meses e dois anos de idade, devidamente cadastradas na ESF. Identificou-se a implementação da alimentação complementar infantil de acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, que preconiza a implementação complementar a partir dos seis meses de vida. Ainda, identificou-se um conhecimento relevante quanto à saúde e alimentação saudável por parte das mães entrevistadas. Notou-se a influência cultural, familiar e dos veículos de comunicações na escolha e oferecimento dos alimentos ofertados, onde o conhecimento adquiridos por intermédio das avós das crianças e/ou de pessoas mais experientes segundo as entrevistadas prevaleciam. Verificou-se uma deficiência nutricional na alimentação complementar das crianças, onde eram oferecidos alimentos inadequados e/ou deforma inadequada pelas mães, mesmo estas alegando haver recebido orientações claras dos profissionais da saúde quanto ao tema. Conclusão: É notável uma deficiência na efetivação das orientações dos profissionais de saúde, onde prevaleceram o conhecimento sociocultural e/ou familiar na escolha e oferta dos alimentos. Sendo assim, tornam-se necessária uma reavaliação dos métodos utilizados em educação em saúde, com o objetivo de atingir esse público, para uma maior aderência às informações fornecidas quanto aos hábitos saudáveis de alimentação infantil.
Palavras-chave
Criança; Enfermagem; Alimentação