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A Estratégia Saúde da Família enquanto reordenadora da assistência à população na Atenção Primária a Saúde, trouxe a família como foco central do cuidado. Acredita-se que ela influencia o processo de saúde – doença de seus membros. Dessa forma, para que o cuidado seja efetivo e integral, os profissionais de saúde devem entender o que é família no contexto social onde estão inseridas. O Agente Comunitário de Saúde, por participar do cotidiano da comunidade e ser mais próximo de cada família pode perceber suas demandas e estabelecer o elo com a equipe, em busca de melhor resolutividade. A presente pesquisa tem por objetivo descrever as concepções de família na perspectiva de agentes comunitários de saúde. Trata-se de um estudo de caso qualitativo, realizado no município de Itabirito-MG com 20 agentes comunitários de saúde a partir de entrevistas com roteiro semiestruturado. Os dados foram submetidos à analise de conteúdo. Constata-se que o significado de família, para os participantes, é um conjunto de pessoas que compartilham um mesmo ambiente, querem-se bem, independente de consanguinidade. Caracteriza-se a existência de uma diversidade familiar, com novas conformações, algumas com certa desestruturação, porém destaca-se, ainda, a importância da família nuclear como unidade formadora de seus membros. Entretanto, ressaltam-se questões de gênero para a manutenção da família, com a mulher no lugar da provedora, fatores externos relacionados principalmente à dependência química, que influenciam tanto o cuidado como o processo saúde e doença das pessoas. Conclui-se que, mesmo diante de novas conformações familiares, o cuidado deve ser fundamentado nos princípios de integralidade e equidade na atenção à saúde, em busca de novas estratégias voltadas para a resolutividade das demandas que se apresentam no cotidiano de trabalho com vistas a melhorias de qualidade de vida das pessoas.

estratégia saúde da família; agente comunitário de saúde; família