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O câncer de colo de útero (CA colo) é uma dos principais causas de mortalidade feminina, tendo como mortalidade no Brasil de 5,29/100 mil mulheres. O CA colo é o segundo mais incidente na população feminina brasileira, com desenvolvimento lento e possibilidades de “cura” a partir do tratamento de lesões precursoras ou da doença inicial, mas com diagnostico tardio tem desfecho fatal,sendo o principal desafio do SUS o diagnóstico precoce. O projeto tem por objetivos: compreender o cuidado às pacientes portadoras de CA colo realizado pela rede municipal de serviços do SUS de Macaé; identificar os serviços desta rede e analisar as facilidades e dificuldades de acesso dos usuários na mesma. Foi elaborado um fluxograma analisador mais fidedigno com a realidade vivenciada pelas usuárias. Intenciona-se levantar o caminhar da usuária pela rede, desde a suspeita de uma possível neoplasia, e se esta confirmada, todo o acompanhamento que é oferecido pelos diferentes serviços ofertados na rede do município e cidades circunvizinhas. Além de entender a atuação dos serviços de prevenção/promoção e busca ativa de usuárias portadoras de lesões precursoras para a prevenção de novos casos. Trata-se de um estudo qualitativo com coleta de dados, roteiro de visitas à rede e vivência da rotina dos centros de especialidades e estratégias de saúde da família. Identificou-se a oferta de todos os procedimentos necessários para o diagnóstico do CA colo pelos serviços próprios ou contratados pelo SUS do município; já o acesso à terapêutica especializada, quimioterapia e radioterapia é realizado fora do município. Há uma descontinuidade dos fluxos assistenciais e uma fragilidade nos processos de comunicação em saúde entre os níveis de cuidado da rede municipal e desta com os serviços de oncologia, levando a fragmentação do cuidado, descumprindo o princípio de integralidade preconizado pelo SUS e os pactos estabelecidos para diminuição da mobimortalidade feminina por CA de colo. Outra dificuldade é o tempo de espera alto para acesso aos serviços de diagnóstico. Relacionado ao tratamento especializado: ocorre uma demora no agendamento no serviço oncológico; problemas no transporte sanitário, na acolhida e na terapêutica domiciliar. Assim, com projeto em andamento, nota-se que a dificuldade do acesso aos exames de diagnóstico e terapêutico da rede contribui para um prognóstico ruim, que poderia ser revertido.

Cancer de colo de útero