Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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ESTUDO SOBRE A AUTOPERCEPÇÃO DOS PARTICIPANTES DO PROGRAMA VIVÊNCIAS E ESTÁGIOS NA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Joana Raione Arrais Antunes, Joao Paulo Xavier Silva, Antonio Eclesio Modesto Lima, Adalberto Cruz Sampaio

Resumo


Introdução: O Sistema Único de Saúde Brasileiro (SUS) traz em seu contexto a garantia do acesso universal da população brasileira à saúde. Para isso, necessita de profissionais preparados para atuar com competência na área da saúde pública, questão trabalhada nos serviços por meio do desenvolvimento de programas de educação. Neste contexto, em 2002 o Ministério da Saúde cria a Assessoria de Relações com o Movimento Estudantil e Associações Científico-Profissionais da Saúde, objetivando aproximar estudantes do desenvolvimento de projetos que visam estabelecer uma política de educação para futuros profissionais do SUS. Surgem diversas propostas de vivência, entre elas a Vivência e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER-SUS) que tem como eixos principais propiciar oportunidade aos participantes para vivenciar conquistas e desafios inerentes ao SUS e discutir sobre equipe, gestão, atenção à saúde, educação e controle social. Objetivo: Este estudo objetivou conhecer a autopercepção dos participantes do Programa Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde (VER SUS) e sua influência no âmbito da formação. Método: Utilizou-se a abordagem qualitativa, os sujeitos de estudo foram doze (12) acadêmicos que participaram da primeira edição do VER SUS na região do Cariri. A coleta de dados processou-se por meio da entrevista semiestruturada, realizada no período de agosto e setembro de 2013. Os dados foram analisados pela transcrição da gravação e perceberam-se alguns aspectos como principais nos depoimentos: o conhecimento do SUS no processo de formação; o VER-SUS viabilizador da inserção na política estudantil e/ou movimentos sociais; o VER-SUS e a formação acadêmica. Resultados: Os resultados revelaram que a participação no VER-SUS contribuiu para o aprimoramento individual. Foi um fator desencadeador da participação em movimentos sociais, particularmente no estudantil. Percebeu-se que fomentou a discussão sobre as potencialidades da comunidade e dos profissionais. Também vale destacar a dificuldade encontrada em construir parcerias com as instâncias públicas como prefeituras municipais e secretarias de saúde, notou-se o desinteresse e a desinformaçao acerca do programa. Conclusão: O VER-SUS é importante para a formação, apesar da abrangência limitada e falta de reconhecimento no âmbito político, pode contribuir na construção do perfil dos futuros profissionais possibilitando práticas interdisciplinares e multiprofissionais.

Palavras-chave


Sistema Único de Saúde; Saúde Pública; Movimento Estudantil.

Referências


1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Sistema Único de Saúde (SUS): princípios e conquistas. Brasília: Ministério da Saúde; 2001

2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão de Educação na Saúde. VER-SUS Brasil: Caderno de Textos. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.

3. Ceccim RB. Educação permanente em saúde: desafio ambicioso e necessário. Interface Comun Saude Educ. 2005; 9(16): 161-77